Cidade da Praia, 08 Nov (Inforpress) – A operação “Dengue Zero” 2024 da Cruz Vermelha de Cabo Verde (CVCV) vai mobilizar 300 voluntários a nível nacional e prevê para início de 2025, na primeira fase, contribuir para uma situação mais tranquila.
A informação foi avançada hoje à imprensa pelo presidente da CVCV, Arlindo de Carvalho, no lançamento do projecto, que contou com a presença do representante regional da Federação Internacional da Cruz Vermelha, Alexandre Claudon, enquanto parceira da iniciativa.
O plano, segundo Arlindo de Carvalho, resulta de uma constatação que a sociedade nacional fez aquando a declaração da existência da dengue no país e, na sequência também da declaração da situação de emergência face ao aumento da doença.
“Quando é assim, a Cruz Vermelha actua enquanto instituição de socorro, mas também na qualidade de auxiliar os poderes públicos. Actuamos com base nas informações recolhidas pelas nossas estruturas nas comunidades e no trabalho que a nossa equipe técnica faz”, afirmou.
A CVCV realçou todo um esforço nacional no sentido de debelar a doença, mas reconhece que falta algo, daí, segundo o seu presidente, a sua actuação em concertação com os parceiros.
“Nós entendemos que o país está convalescente, porque a tendência é para agravamento, e as consequências já estão sendo sentidas, que é ao nível das famílias, ao nível dos serviços e, sobretudo, ao nível das pessoas que têm menos posse”, reconheceu.
Neste sentido, Arlindo de Carvalho explicou que a operação consiste, em primeiro lugar, na capacitação de um grupo de pessoas que vão estar no terreno nos 22 municípios, por outro lado, numa operação denominada comunicação de risco e, por último, na identificação dos locais de risco.
“Fala-se muito de que é preciso conservar bem a água, criar condições de higiene nas casas, mas devemos ter em consideração que muitas famílias não dispõem de recursos para tal”, disse explicando que a acção da CVCV vai consistir, exactamente, em disponibilizar kits para as famílias, para as comunidades.
Da mesma forma, acrescentou, vão capacitar associações comunitárias com as ferramentas necessárias para que possam intervir, e ainda em articulação com as estruturas da saúde e da protecção civil pretende realizar um conjunto de testes rápidos para identificar situações em que carecem de intervenção directa.
Com esta operação, que envolve 300 voluntários da CVCV, incluindo médicos e especialistas do Serviço Nacional de Saúde, Arlindo Carvalho assegurou que as projecções indicam uma situação mais tranquila da dengue no país para o início de 2025, ou seja, na primeira fase do projecto que decorre no período de três meses.
Entretanto, a Cruz Vermelha espera contar também com a “importante colaboração” da população para que a situação da dengue no país seja combatida o mais breve possível.
Por seu lado, o representante da Federação Internacional da Cruz Vermelha destacou a importância das alianças no momento como esses e comprometeu-se a mobilizar mais recursos para apoiar Cabo Verde caso este se revele insuficiente, sublinhando que nenhuma instituição sozinha irá conseguir combater a dengue.
Para esta operação, a CVCV conseguiu mobilizar junto desta organização, através do Disaster Response Emergency Fund (DREF), 39,8 mil contos, ao qual se juntam mais dez mil contos, através de recursos internos da estrutura nacional.
ET/CP
Inforpress/Fim
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