Nova Sintra, 15 Abr (Inforpress)- A Assembleia Municipal da Brava aprovou hoje por unanimidade o orçamento da autarquia para 2025, estimado em mais de 200 milhões de escudos.
O documento foi aprovado por unanimidade, com 13 votos, sendo seis do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV, partido que suporta a Câmara Municipal) e sete do Movimento para a Democracia (MpD, oposição).
O plano de actividades, por seu lado, também tinha sido aprovado na sessão ordinária que foi realizada no passado dia 22 de Março, também com 13 votos favoráveis.
Em declarações à imprensa, o presidente da Câmara Municipal da Brava, Amândio Brito, considerou o feito um passo muito importante para que a autarquia continue funcionando na normalidade, mas, acima de tudo, na legalidade.
O autarca sublinhou que a aprovação deste instrumento de gestão, por unanimidade das duas bancadas, não é “nem mais nem menos” do que uma demonstração clara do quanto os actores políticos estão comprometidos com o processo de desenvolvimento da Ilha Brava.
Neste sentido, a mesma fonte frisou que a edilidade valorizou a atitude positiva das duas bancadas e traduzida na aprovação por unanimidade desses dois instrumentos de gestão.
“Já se tinha aprovado o plano de actividades, agora é o orçamento, mas há uma questão muito interessante que é preciso ressaltar aqui e que tem que ver com a qualidade do orçamento”, sublinhou.
Conforme disse, o orçamento é “justo, equilibrado”, não padecia nem de erros, omissões, falhas de contas e que na primeira hora era para ter sido aprovado.
Brito considerou que esta atitude merece aplauso da parte da Câmara que fez um “excelente trabalho”, um trabalho “aturado e bem conseguido em termos de resultados”.
Por seu lado, o líder da bancada do Movimento para Democracia (MPD) na Assembleia Municipal, Samuel Varela, realçou que na última sessão remeteram à autarquia o orçamento para fazer algumas correções e entenderam que o mesmo absorveu e também deu algumas explicações dos pontos que estavam pouco implícitos no orçamento.
“Nós não queremos bloquear nada e nem criar qualquer tipo de perturbações à câmara municipal. A nossa bancada hoje demonstrou como é que se deve estar na política, isso não é motivo de vangloriar-se, mas é só para reparar”, afirmou.
Fez, porém, questão de realçar que o MpD esteve no poder durante 12 anos e nunca a bancada do PAICV votou a favor sequer de um orçamento ou uma proposta, frisando que o seu partido não tem de fazer igual, pois entenderam que agiram bem, porque o que conta, disse, é a Brava e os supremos interesses da sua população.
“A bancada do MPD tem a sua responsabilidade, nós damos combate político e isso é inegável, mas quando se trata de unir força, até porque é uma câmara recém-eleita e devemos dar crédito, deixar que pessoas trabalhem, deixar que pessoas demonstrem a boa vontade”, sublinhou.
“Portanto temos todo um mandato para frente, aí nós, como órgãos fiscalizadores, vamos fiscalizar e daqui a quatro anos o povo irá avaliar”, concluiu.
O PAICV saiu vitorioso na corrida para a Câmara Municipal, obtendo 1.368 votos, contra 1.307 do MpD, mas perdeu na corrida para a Assembleia Municipal, já que o MpD garantiu a vitória com 1.364 votos, superando os 1.298 alcançados pelo PAICV.
DM/JMV
Inforpress/Fim
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