Cidade da Praia, 07 Nov (Inforpress) – A embaixadora da República de Angola em Cabo Verde afirmou hoje que o seu país celebra 49 anos de soberania, dignidade da pessoa humana e a paz, conquistas que precisam ser preservadas e valorizadas.
Júlia Machado, que falava à Inforpress sobre a recepção oficial que irá decorrer no final desta tarde, na Praia, em celebração do 49 º aniversário da Independência Nacional de Angola, assinalado a 11 de Novembro, realçou que foi um percurso longo, bastante significativo e cheio de vitórias onde todos os angolanos têm razões para comemorar.
“Em primeiro lugar celebramos a soberania, hoje podemos dizer que somos um Estado independente e soberano, em segundo lugar comemoramos também a dignidade da pessoa humana, porque hoje em Angola podemos considerar que os angolanos são donos do seu destino e não são vítimas de qualquer discriminação”, apontou.
Esta data, segundo a diplomata, é para celebrar também a paz, a estabilidade e a segurança alcançadas em 2002 com a assinatura de memorando de entendimento.
Para a embaixadora, estas conquistas foram alcançadas com a participação de uma geração de nacionalistas que se distinguiram no período antes da independência e pós-independência e todos têm o dever e a obrigação de, não só, homenagear esses heróis que deram a sua vida pela paz e independência, mas também para ensinar às novas gerações o quanto custou a liberdade.
No seu entender, as presentes e as futuras gerações têm de conhecer o passado histórico para que saibam o percurso histórico do país de modo a preservar e valorizar estes feitos como a paz, a soberania e a dignidade das pessoas.
Apontou que existe uma grande diferença entre a Angola de ontem e a de hoje em domínios chaves e estruturantes para o país, nomeadamente económico, social, político e cultural e, neste momento, o país está num percurso significativo bastante avançado que não tem comparação possível com a situação de 1975.
“Por exemplo, no domínio da educação, em 1975 Angola tinha cerca de 85% de analfabetos, hoje não digo que está erradicado, mas reduzido numa grande percentagem e temos conquistas muito importante no domínio da educação.
Ontem não tínhamos nenhuma universidade, hoje temos mais de uma centena de universidades, algumas do sector público e privado”, destacou.
Em termos de desenvolvimento, avançou que há um esforço muito grande para que o país possa caminhar para o progresso de modo a garantir que todos os angolanos tenham o acesso à educação, ao emprego e a um nível de vida que lhes permite sentirem-se felizes no seu próprio país.
Na ocasião reconheceu que é necessário fazer ainda mais em sectores como a saúde, saneamento e habitação, e assegurou que uma das prioridades do Governo é combater a pobreza através de projectos ligados ao sector da agricultura.
A ideia, segundo explicou, é promover a produção de alimentos em grande escala, garantir a auto-suficiência alimentar do país, a exportação de produtos agrícolas, sobretudo dos bens essenciais, mas também criar emprego de modo a combater a pobreza e garantir o bem-estar de todos os angolanos.
“Estou a falar dos projectos estruturantes das províncias do Cunene, do Canal do Cafu, do Calucuve e da Cova do Grão, que são projectos estruturantes que vão dar um apoio muito importante para a promoção da produção de alimentos em grande escala”, sublinhou.
No âmbito desta celebração, explicou que se dá também o início das celebrações do 50º aniversário de Angola, celebrado em 2025 e que estes 50 anos remetem a todos para esta vitória que Angola alcançou na vertente da estabilidade e na vertente da paz.
Angola comemora esta segunda-feira, 11 de Novembro, 49 anos de independência proclamada em 1975, após uma longa guerra contra o colonialismo português.
AV/HF
Inforpress/Fim
Partilhar