Cidade da Praia, 07 Nov (Inforpress) – A ministra da Saúde afirmou hoje que o quinto Congresso Nacional de Investigação em Saúde (CNIS) reflecte o compromisso do país para a saúde pública baseado em evidências e melhores práticas, reconhecendo a necessidade de uma abordagem mais ampla.
Filomena Gonçalves, que presidiu à abertura do evento, promovido pelo Instituto Nacional de Saúde Pública (INSP), na Universidade de Santiago, na Praia, salientou que o congresso que reúne especialistas, investigadores e instituições académicas consolidou-se como um espaço privilegiado para debater o impacto da ciência e das inovações tecnológicas dos serviços de saúde.
O tema “Investigação científica e as prioridades em saúde mental”, asseverou, remete para uma escolha estratégica e relevante em linha com a declaração do Ano da Saúde Mental, firmando assim um pilar fundamental do sistema da saúde em articulação com as recomendações internacionais e os objectivos globais de desenvolvimento sustentável.
A saúde mental, contextualizou, determina as capacidades de uma pessoa para enfrentar os desafios quotidianos e das comunidades, por isso, reconheceu, um sistema de saúde eficiente valoriza também o equilíbrio emocional, espiritual e promove o cuidado integrado da saúde.
Por conseguinte, realçou que a Agenda Nacional de Investigação para a Saúde tem funcionado como uma base orientadora para o sistema de saúde, que enfrenta com eficiência os desafios sanitários do país, e servido de guia para a agenda política, apoiada na ciência e orientada por dados que reflectem as necessidades da população.
“Os contributos que a investigação científica trouxe para o enfrentamento de grandes desafios como a pandemia da covid-19 são inestimáveis, da mesma forma que está a trazer soluções e conhecimentos essenciais para as batalhas diárias”, reforçou, admitindo necessidade de uma abordagem mais ampla e preventiva para responder às emergências da saúde mental.
A presidente do INSP, Maria da Luz Lima, defendeu a saúde mental como foco das investigações científicas, uma prioridade global que ajuda a entender as complexidades dos transtornos mentais, estimulando novas estratégias de prevenção, colaboração multidisciplinar e melhoria da qualidade de vida dos utentes.
Explicou que o congresso de investigação em saúde enquadra-se no estatuto de gerar desenvolver e disseminar conhecimentos científicos e tecnológicos sobre a saúde e seus determinantes para o fortalecimento do sistema nacional da saúde.
Segundo Maria da Luz Lima, a saúde mental envolve o bem-estar psicológico, emocional e social, afectando a forma como o indivíduo “pensa, sente e comporta”, influenciando as relações interpessoais, capacidades de tomar decisões e até a resiliência diante das adversidades da vida.
Nesta senda, avançou, o congresso eleva debates fundamentais como as políticas e sistemas para a “intervenção prevenção e promoção” da saúde mental, doenças transmissíveis e não transmissíveis e o seu impacto na saúde mental.
O Governo declarou o ano de 2014 como Ano da Saúde Mental, sob o lema “Saúde mental, prioridade e compromisso de todos”, com o intuito de chamar a atenção para uma forte consciência social a problemática no sentido de se promover um estilo de vida saudável e reforçar as políticas públicas para a melhoria da saúde mental no país.
De entre os compromissos assumidos, destaca-se a ampliação e qualificação da rede de serviços de saúde mental nacional, promover campanhas de conscientização, implementar programas de formação e capacitação para profissionais em saúde mental, e reforçar parcerias com as ONG, organizações nacionais e internacionais e as entidades religiosas para o intercâmbio de conhecimento e práticas na área.
LT/CP
Inforpress/Fim
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