Cidade da Praia, 07 Nov (Inforpress) – A Combatente da Liberdade da Pátria, Maria da Luz Andrade Boal, conhecida por Lilica Boal, professora da escola-piloto do PAIGC durante a luta pela independência nacional, faleceu esta quarta-feira, 06, na Cidade da Praia.
Lilica Boal faleceu aos 90 anos e o funeral, de acordo com fontes familiares, realiza-se esta sexta-feira, 08, no Tarrafal de Santiago, de onde era natural.
Historiadora, filósofa, professora na escola-piloto e activista antifascista cabo-verdiana, Lilica Boal lutou pela independência da Guiné-Bissau e Cabo Verde e contra a ditadura do Estado Novo.
A malograda foi a escolhida por Amílcar Cabral, em 1969, para formar os quadros em Conacri e na Guiné-Bissau para liderar o país depois da luta armada, enquanto directora da escola-piloto do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC).
Tinha ainda a responsabilidade de acolher os filhos órfãos dos combatentes da luta armada.
Lilica Boal apontava a pobreza e a repressão que vivenciava no Campo de Concentração do Tarrafal, também conhecida como Campo de Morte lenta, como os principais motivos que a levaram, ainda muito jovem, a abandonar o país para se juntar “aos camaradas” na luta contra o regime colonial português.
Em 2022 emprestou o seu nome ao Centro de Formação e Capacitação Lilica Boal, da OMCV, no Tarrafal, tendo o Presidente da República, nessa ocasião, enaltecido “a enorme generosidade demonstrada pela homenageada, um dos grandes símbolos da ‘Luta no feminino’ pela Independência”.
José Maria Neves considerava que, tal como os da sua geração que pegaram em armas para lutar pelos ideais da liberdade, é um enorme exemplo a seguir pelas gerações actuais e vindouras.
SR/HF
Inforpress/Fim
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