Mindelo, 04 Nov (Inforpress) - O primeiro-ministro disse hoje, no Mindelo, que Cabo Verde traçou como um dos objectivos estratégicos alcançar um desenvolvimento sustentável com maior contribuição dos recursos oceânicos e costeiros, mas geridos de uma forma sustentável.
Segundo Ulisses Correia e Silva, que presidia à abertura da 7ª edição da Cabo Verde Ocean Week Cabo Verde (semana dos oceanos em Cabo Verde), o fomento do conhecimento e protecção da biodiversidade marinha e das zonas costeiras, a literacia do oceano e a integração da iniciativa que é a rede de escolas azuis do Atlântico são importantes para o suporte à exploração sustentável dos recursos marinhos dos jovens, desde crianças a adolescentes, até à fase adulta.
Acrescentou que é também um objectivo estratégico posicionar Cabo Verde como um centro de desenvolvimento de competências no domínio da Economia Azul e ainda posicionar o Centro Oceanográfico do Mindelo como plataforma de diálogo político e de produção de conhecimento em assuntos do oceano, atmosfera e mudanças climáticas.
“É objectivo estratégico de Cabo Verde reduzir, de uma forma significativa, a dependência do uso de combustíveis fósseis para a produção de energia. Estou a falar de eletricidade, do uso de combustíveis fósseis para o uso em viaturas de transportes de todo o tipo e incluindo embarcações e navios de pesca, o reforço do nexo água-energia”, enumerou ainda.
Para Ulisses Correia e Silva, Cabo Verde pode ser uma “referência mundial na acção climática ambiental e na voz do oceano”. Isto porque, explicou, não só devido a compromissos internacionais que “estão realizados em termos de celebração de acordos e em termos de implementação”.
A título de exemplo, citou o Quadro da Governança Climática, o Fundo Climático e Ambiental, que já foi aprovado no Parlamento, o Portal do Clima que permitirá “fazer uma boa interação” em termos de informação, sensibilização, transparência e eficácia da acção climática e ambiental junto das pessoas, o Sistema Nacional de Transparência Climática, que está em curso, e que permitirá que os cidadãos possam acompanhar as organizações e informações que sejam “fidedignas e transparentes”.
Listou ainda a lei do clima, que está na fase de preparação, o relatório anual sobre o estado do ambiente em Cabo Verde que o Governo apresentará ao Parlamento para debate e também a alteração feita à lei do plástico para aumentar a sua abrangência e impor normas mais restritivas relativamente ao uso do plástico no País.
Por sua vez, o ministro do Mar, Jorge Santos, disse que com a 7ª edição da Cabo Verde Ocean Week, pretende-se dar uma centralidade forte à questão do capital humano.
“Falar do capital humano é falar do Campus do Mar. A formação académica na universidade, a formação profissional e técnica na Escola do Mar e a investigação científica aqui no Instituto do Mar. Portanto, são esses três componentes fundamentais para fortalecer os recursos humanos e o capital humano”, declarou.
O governante lembrou ainda que “sem investigação científica e sem conhecimento não há pesca, não há transporte e nem sistemas logísticos para alimentar a cadeia de valores dos transportes marítimos e também “não haverá evolução tecnológica".
Durante a cerimónia também foram distinguidos com o selo azul os "padrinhos do mar", que são instituições que apadrinharam algumas praias assumindo o compromisso de desenvolver actividades de limpeza e conservação das mesmas ao longo do ano.
CD/JMV
Inforpress/Fim
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