Lisboa, 22 Fev (Inforpress) – Os alunos cabo-verdianos estão entre os que mais chumbam pelo menos uma vez no terceiro ciclo, conforme o Ministério da Educação de Portugal, que revela que os estrangeiros dos PALOP e do Brasil têm mais insucesso que outros migrantes.
Os números da Direcção-geral de Estatísticas da Educação e Ciência mostram que reprovaram pelo menos uma vez no terceiro ciclo, alunos de São Tomé e Príncipe (43%), Cabo Verde (42%) Guiné-Bissau (39%), França (20%), Ucrânia (19%), China (14%).
A mesma fonte indica que cerca de um terço dos alunos que chegam do Brasil e de Angola reprovaram pelo menos uma vez no terceiro ciclo e que apenas 70% das crianças brasileiras e angolanas conseguirem terminar o 9.º ano sem chumbar.
No 9.º ano, os dados indicam que as crianças da Guiné-Bissau tem uma taxa de sucesso de apenas 61%, os cabo-verdianos (58%) e os são-tomenses (57%), de acordo com os números relativos ao ano lectivo de 2022/2023.
Com esses números, o Ministério da Educação mostrou que a taxa de retenção é maior nos alunos que vêm dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), ou seja, Cabo Verde, Angola, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe, e do Brasil, em comparação com os oriundos da Europa de Leste ou da China, também no primeiro e segundo ciclos.
De acordo com mesma fonte, Portugal tem enfrentado o desafio da língua nas escolas, já que em cinco anos letivos, o número de alunos migrantes quase triplicou nas escolas portuguesas, passando para 140 mil no ano lectivo 2023/2024.
Em média, cada agrupamento escolar acolhe estudantes de 19 nacionalidades, o dobro do que acontecia há cerca de seis anos.
DR/AA
Inforpress/Fim
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