São Vicente: Francisco Pereira considera que disputa interna tem que ser vista como democracia e não como guerra

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São Vicente: Francisco Pereira considera que disputa interna tem que ser vista como democracia e não como guerra
21/02/25 - 09:23 pm

Mindelo, 21 Fev (Inforpress) – O candidato à liderança do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV) Francisco Pereira disse hoje que a disputa interna não pode ser transformada em guerra, mas tem que ser vista como uma disputa de democracia.

Francisco Pereira falava à Inforpress a propósito do encontro com os militantes e simpatizantes do partido em São Vicente, realizado no auditório da Universidade do Mindelo, para apresentação da sua candidatura que tem como lema “Por um PAICV unido e forte". Por mais Cabo Verde”.

Segundo o candidato quem vencer as eleições internas tem que contar com o apoio de todos, pelo que não vê a disputa interna como um factor que poderá causar fractura dentro do PAICV, mas sim como um elemento positivo nessa organização política.

“O PAICV é um partido maduro que tem que imprimir uma cultura democrática. Há quatro candidatos, mas quem ganhar deve contar com o apoio de todos. Isso é fundamental porque o objectivo é comum de ganhar eleições em 2026, pelo que não devemos ficar com fricções com os nossos camaradas”, disse Francisco Pereira,  para quem cada candidato e apoiante deve focar na sua candidatura.

O candidato assegurou que a sua candidatura coloca o interesse do PAICV acima do próprio interesse individual pelo que qualquer pessoa que vencer estará na linha de frente, ajudando a construir linhas pragmáticas para a governação futura do País.

Sobre os motivos da sua candidatura, o político explicou que quer um PAICV forte para ganhar as legislativas de 2026, mas antes deve-se fortalecer o partido, modernizar toda a sua estrutura e continuar a trabalhar na base do diálogo e respeito pela diversidade de ideias para ter um partido forte.

“A grande vitória do partido nas eleições autárquicas mostra que o PAICV está à altura de vencer as legislativas em 2026, mas por dentro precisamos trabalhar um pouco mais para modernizar a estrutura do partido, para garantirmos maior participação de base na tomada de decisões e também a unidade interna, através de um pacto inter-relacional”, adiantou o candidato que quer fortalecer o PAICV uma referência de partido de esquerda, democrática, moderna e alinhada com os desafios do Século XXI.

Em relação aos desafios para Cabo Verde, Francisco Pereira disse que defende uma economia sustentável, que garanta a geração de emprego, um Cabo Verde virado para o mundo global, que pode capitalizar todas as potencialidades lá fora, através da diáspora para o desenvolvimento do país.

Além disso, explicou, defende oportunidade para todos nas questões de educação, saúde e justiça social.

“Fala-se muito num Cabo Verde para todos, mas em Cabo Verde creio que está a faltar oportunidades para todos. E no campo de saúde propomos trabalhar na modernização, do sistema de saúde, garantir atendimento eficiente, acesso a medicamentos essenciais e, sobretudo, gerar uma visão de coesão social em Cabo Verde”, elencou a mesma fonte, considerando que actualmente o Movimento para a Democracia (MpD) não está a dar respostas necessárias para satisfazer a vida dos cabo-verdianos.

Depois de São Vicente, Francisco Pereira viaja para Santo Antão, onde deverá manter encontro com os militantes do partido nos três concelhos da ilha.

Francisco Pereira é professor universitário em Lousane, Suíça, e possui doutoramento em Ciências Políticas. É deputado pelo círculo eleitoral de Europa e Resto do Mundo e desempenhou as funções de secretário adjunto do PAICV entre outras funções.

CD/JMV

Inforpress/Fim

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