Cidade da Praia, 04 Nov (Inforpress) – O presidente da Associação Cabo-verdiana de Cinema e Audiovisual de Cabo Verde (ACACV) considerou hoje ser “fundamental” que cada um, principalmente jovens e adolescentes estudantes, seja militante em prol da acção climática.
Júlio Silvão falava à imprensa hoje no Liceu Domingos Ramos na abertura oficial do Festival Internacional de Filmes para Acção Climática do Atlântico (FIAC), que decorre de 01 a 09 deste mês na cidade da Praia.
Neste que é o terceiro dia do certame, que já passou pelas localidades de Simão Monteiro, São Francisco, Achada de Santo António, o FIAC vai a partir de hoje abranger as comunidades educativas da capital levando filmes que informam, formam e educam.
O objectivo da ACACV com esta iniciativa, segundo Júlio Silvão, é igual ao propósito de todos, tanto indivíduos, associações ou instituições que lutam em prol da acção climática e do ambiente, ou seja, criar sinergias pela causa ambiental.
“Devemos todos mobilizar as sinergias a quem luta, mas também aos que ainda não têm a consciência de preocupações climáticas e ambientais”, defendeu, argumentando que quem tem a consciência deve reforçá-la para ser um porta-voz, um mobilizador no seio de quem ainda não a tem.
Para o presidente da ACACV todos são poucos para combater a acção climática e todas as acções que vão contra as questões ambientais, e defendeu, igualmente, que é fundamental que cada um, principalmente jovens e adolescentes estudantes, seja militante em prol da acção climática e em prol do clima.
“Somos um país, infelizmente, bastante vulnerável e com esta preocupação de aumento do nível da água do mar, por causa do aquecimento global, corremos riscos sérios, inclusive de perder parte do nosso território, e consequentemente, vidas humanas”, alertou, acrescentando que é pensando nisso que se deve trabalhar para evitar males maiores.
Nesta luta, conforme sugeriu, ninguém deve procurar protagonismo, uma vez que, sublinhou, o benefício é de todos seja qual for a organização.
Relativamente ao filme exibido hoje aos estudantes do Liceu Domingos Ramos, após abertura do evento, Júlio Silvão revelou que é essencialmente educativo e de sensibilização.
Mostra, por exemplo, acrescentou, como uma simples bolsa de ‘fresquinha’ que as crianças consomem e deitam no chão pode ir parar ao mar e trazer consequências graves tanto para os peixes como também para vidas humanas.
Por seu lado, o presidente da ONG ambiental Quercus Cabo Verde, Paulo Ferreira, que participou do evento, enalteceu esta iniciativa afirmando que acções do tipo contribuem para a sensibilização de alunos e professores que vão ser divulgadores de cuidados a ter no ambiente.
A Quercus Cabo Verde acredita que até 2030 Cabo Verde possa atingir os seus Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e até 2025 alcançar objectivos maiores, como aumento de peixes no mar, ambiente mais saudável e cidades inteligentes.
ET/CP
Inforpress/Fim
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