Mindelo, 04 Nov (Inforpress) – O representante do Sindicato de Indústria, Serviços Gerais, Alimentação, Construção Civil (Siacsa) lançou hoje um “pedido de socorro” ao Governo para resolver a situação dos trabalhos da Atunlo, após o término dos dois meses da suspensão do trabalho.
Heidy Ganeto falava no decorrer de uma manifestação dos trabalhadores, esta manhã, no Mindelo, para, como disse, apelar ao Governo para chamar os sindicatos e trabalhadores para se sentarem à mesa e resolver a situação.
“Queremos que sejam claros connosco, porque sei que o Governo tem alguma informação sobre a situação da Atunlo, para abrir uma negociação”, concretizou a mesma fonte.
O sindicalista vincou que os trabalhadores “já não confiam” nas palavras dos representantes da Atunlo, até porque, denunciou, “apresentaram falsidades” numa reunião na Direcção-geral do Trabalho sobre alegadas dívidas de outras empresas que, afinal, “não existem”, para não pagar dois meses de salários.
Alegou que entrou “algum dinheiro, cerca de dois mil contos” na Atunlo nos últimos meses, mas que foi usado apenas para pagar os trabalhadores do escritório e outros que fazem manutenção, deixando os operários que estão em casa de fora, numa clara acção que qualificou de discriminatória.
“Não dá para confiar nas declarações dos representantes da Atunlo, daí não aceitar prolongamento do período de ‘lay-off’ até finais de Novembro, pois estamos perante uma empresa falida, sem futuro em Cabo Verde”, lançou, aliás, vincou, “o próprio ministro do Mar mencionou este facto” em declarações à imprensa.
Reforçou a necessidade de as partes se sentarem à mesa para negociar as formas de pagamento das indemnizações ao pessoal, numa empresa que labora há oito anos, daí “um apelo à verdade”.
Ao todo são cerca de 200 trabalhadores na Atunlo, mas na manifestação de hoje compareceram cerca de 30.
A manifestação saiu do Porto Grande, onde está sediada a empresa Atunlo, e avançou pela Avenida Marginal, com paragem junto ao Ministério do Mar, Direcção Regional do Trabalho e concentração na Praça Dom Luís.
A Inforpress contactou a empresa Atunlo por telefone para ouvir a sua versão dos factos, mas ninguém atendeu às chamadas.
AA/CP
Inforpress/Fim
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