Cabo Verde deve melhorar capacidade logística de pesca e aumentar a captura para evitar derrogação – governante

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  Cabo Verde deve melhorar capacidade logística de pesca e aumentar a captura para evitar derrogação – governante
28/01/25 - 08:40 pm

Mindelo, 28 Jan (Inforpress) - O ministro do Mar disse hoje que Cabo Verde deve melhorar a sua capacidade logística de pesca e aumentar a captura, para evitar pedidos de derrogação para exportar produtos de pesca transformados para a União Europeia.

Jorge Santos falava à imprensa a propósito da aprovação do novo acordo de pesca com Cabo Verde - que ainda terá de ser aprovado pelo Parlamento Europeu- que autoriza 56 navios da União Europeia (UE) a pescar 7.000 toneladas de atum e espécies afins nas águas do País nos próximos cinco anos.

Segundo o ministro o Governo já está a implementar medidas para cumprir este objectivo, primeiro com o processo da industrialização da pesca, com financiamentos para permitir que haja empresários cabo-verdianos na pesca industrial com capacidade de ir aos bancos de pescas mais distantes, como ao da Nova Holanda e outros para ter maior captura de peixe.

Isto porque, salientou, quando maior for a captura nacional de pescar, menor é a necessidade que o País tem de solicitar regimes de excepção, que são as derrogações da União Europeia.

“Também estamos a criar condições para melhorar toda a capacidade logística de pesca a nível nacional, com o relançamento da base logística de refrigeração do Porto do Mindelo, que está numa fase de transição”, explicou.

Conforme Jorge Santos o Ministério do Mar e a Enapor, que é concecionária dos portos, estão a tomar as melhores posições para relançar a indústria de frio no Porto Grande do Mindelo, detida pela Atunlo que descontinuou a sua produção e declarou falência a nível internacional, porque a capacidade de estoque também ajuda no aumento da capacidade de captura e em termos de matéria-prima para transformação.

O governante informou ainda que, neste momento, a aquisição de atuneiros por parte de investidores cabo-verdianos   já não é um problema. 

Daí, salientou, tudo depende da iniciativa dos empresários do sector da pesca e dos armadores se associarem em empresas, sociedades anónimas ou empresas unipessoais e concorrer aos fundos ou ao ecossistema de pró-empresa, pró-capital e pró-garante, e também ao Fundo Soberano, que estão a financiar junto da banca nacional.

 “Neste momento já existe um grupo de empresários da Ilha de Santo Antão, que já estão na fase final. Na próxima semana já vão fechar com a compra do primeiro atuneiro. Já vamos ter o primeiro. E essa outra, a Associação de Armadores de Pesca estão a constituir uma empresa, também estão para conseguir, a breve trecho, outro atuneiro”, afirmou o governante, referindo que há mais cinco empresários privados que já apresentaram projectos deste tipo.

CD/JMV

Inforpress/Fim

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