IANCV aposta na digitalização para proteger sua história e “democratizar o acesso à informação”

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IANCV aposta na digitalização para proteger sua história e “democratizar o acesso à informação”
13/12/24 - 02:48 pm

Cidade da Praia, 13 Dez (Inforpress) – O Instituto do Arquivo Nacional de Cabo Verde (IANCV) encerrou hoje o ateliê "Digitalizar para preservar e disponibilizar", visando reforçar a capacitação técnica dos profissionais em digitalização, no quadro das celebrações do seu 36º aniversário.

Em declaração à Inforpress, o presidente do IANCV, José Maria Tavares, sublinhou a importância do evento como parte de um projecto mais amplo de capacitação técnica, visando enfrentar os desafios da transição digital e assegurar a preservação e o acesso à memória histórica do país.

"A digitalização é uma etapa essencial da preservação. Não basta apenas digitalizar, é preciso fazê-lo com qualidade, respeitando normas técnicas internacionais", afirmou.

José Tavares destacou que a formação foi conduzida por uma especialista internacional, que proporcionou aos técnicos conhecimentos aprofundados para lidar com a documentação histórica, incluindo tratamento, conservação e disponibilização digital.

Entre os desafios enfrentados, o responsável mencionou a limitação de equipamentos, que exigiu a formação em grupos reduzidos, salientando que, apesar disso, os resultados foram positivos, com quase 40 horas de capacitação realizadas.

José Tavares afirmou que o IANCV continuará investindo no desenvolvimento técnico, por forma a expandir o foco para novos formatos, como áudio e vídeo, em 2024.

"Queremos garantir que toda a nossa história esteja acessível e preservada, seja ela em papel, imagem, som ou vídeo", realçou, anotando que a instituição está empenhada em “assegurar que a memória cultural e histórica de Cabo Verde seja preservada e acessível para as próximas gerações”.

Por outro lado, Anabela Ribeiro, chefe de divisão de disponibilização e produção de conteúdos digitais da Direcção-Geral de Livros, Arquivos e Bibliotecas de Portugal, enquanto formadora, afirmou que o objectivo final é não apenas digitalizar, mas garantir que a informação seja preservada e acessível ao público.

"A mensagem é clara, preservar é tão importante quanto digitalizar, para que as gerações futuras tenham acesso ao que construímos hoje", destacou.

O ateliê reuniu representantes de diversas instituições públicas, como a Presidência da República, a Assembleia Nacional e a Biblioteca Nacional, com o objectivo de disseminar boas práticas de preservação e digitalização.

CG/SR//CP

Inforpress/Fim

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