Lisboa, 10 Dez (Inforpress) – O fundador e primeiro presidente da União dos Estudantes Cabo-verdianos de Lisboa (UECL), Lourenço Lopes, prometeu hoje, em Lisboa, que enquanto um dos embaixadores da iniciativa Bolsa Social da UECL, vai mobilizar parcerias para apoiar o projecto.
A garantia foi dada pelo também secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro, durante o encontro que teve com o presidente da UECL, Edson da Veiga, manifestando a sua satisfação pelo percurso de quase três décadas da organização que fundou para apoiar a comunidade estudantil cabo-verdiana que chegam à Lisboa na sua integração académica e social.
“Enquanto primeiro presidente e fundador da UECL, a garantia que dou é que vou utilizar meus contactos e conhecimento acumulados em Cabo Verde, Portugal e outros países da Europa, a favor da UECL e ajudar, paulatinamente, a frequência no ensino superior e técnico em Portugal, sobretudo os estudantes que mais precisam”, assegurou.
A Bolsa Social UEC é uma campanha de apoio financeiro para alunos cabo-verdianos a frequentar o ensino superior em Portugal, muitos dos quais enfrentando dificuldades económicas que ameaçam a continuidade dos seus estudos, e foi lançado em Agosto com o objetivo de arrecadar fundos, inclusive, através da campanha que decorre na plataforma GoFundMe.
Lourenço Lopes considerou que nesses tempos “complexos, difíceis e de incerteza” que o mundo enfrenta, também Cabo Verde, exigem uma maior solidariedade e sentido de compromisso entre as instituições e os cidadãos, frisando que é preciso mobilizar a sociedade.
“Temos que dar um sinal muito claro de responsabilidade intergeracional, porque se na altura [anos 90 do século passado] beneficiamos de bolsa de estudo, temos responsabilidade de dar o nosso contributo, porque o custo de vida é muito elevado e a realidade económica e social em Portugal demanda a todos um olhar atento para contribuirmos”, sustentou.
Neste sentido, Lopes considerou que a Bolsa UECL pode fazer a diferença na vida desses estudantes se se conseguir os parceiros certos, porque são esses estudantes de hoje que “vão tomar conta do país em alguns anos e trabalhar no desenvolvimento sustentável de Cabo Verde”.
Lourenço Lopes lembrou que neste momento são cerca de 300 bolseiros do Estado de Cabo Verde com uma bolsa mensal de 271 euros, quando estão em Portugal mais de 5.000 estudantes cabo-verdianos, admitindo que há um vazio que precisa ser preenchido, por causa das limitações financeiras.
O fundador da UECL prometeu mobilizar antigos dirigentes da organização estudantil nessa campanha, como Miguel Monteiro, Abel Cardoso, Nardi Sousa, António Pires, Yara Miranda, Manuel da Lomba, Josina Correia, Martinho Brito, Augusto Barbosa, Cândida do Rosário, Irene Vesu, Jacqueline Moniz, Vitorino Duarte, Cristina de Pina e Patrícia Gomes.
Milton Paiva, Francisco Carvalho, Frederic Mbassa, entre outros, também estiveram à frente da UECL que, conforme Edson da Veiga, tem utilizado as redes sociais como principal ferramenta de comunicação para promover a campanha, mas pretende explorar novos métodos para alcançar um público mais amplo.
O presidente da UECL garantiu que “a totalidade dos fundos arrecadados será utilizada de forma transparente para apoiar os estudantes mais necessitados”, apelando à comunidade e ao público em geral para contribuir e garantir o apoio ao maior número possível de estudantes.
A União de Estudantes Cabo-verdianos de Lisboa foi criada em 1997 e formalizada a 22 de Outubro de 1998.
DR/JMV
Inforpress/Fim
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