Nova Sintra, 02 Dez (Inforpress)- Um grupo de 30 jovens encontra-se retido na ilha Brava, por falta de transporte de regresso aos seus destinos, e acusam os responsáveis do MPD local de não terem disponibilizado as passagens de regresso no dia combinado.
Conforme constatou a Inforpress no terreno, os jovens são estudantes universitários e trabalhadores bravenses, residentes na ilha de Santiago, que se deslocaram ao concelho de origem para exercerem os seus direitos de voto.
De acordo com a porta voz do grupo, Carmem Rodrigues, os estudantes foram à ilha a “convite” dos responsáveis do MpD local que lhes terão custeado a viagem na CV Interilhas para irem votar.
No entanto, tinham combinado que as passagens de regresso tinham que ser asseguradas para esta segunda feira, 02 de Dezembro, o que, segundo a mesma fonte, não aconteceu e está a causar muitos constrangimentos.
“O combinado era para que nesta segunda feira estivéssemos todos no porto da Furna e seguíssemos a viagem, porém na hora do embarque e ao chegarmos ao cais, um funcionário da CV Interilhas nos informou que a nossa viagem não seria hoje, mas sim para o dia 07 de Dezembro. Todos nós aqui temos as nossas responsabilidades, pois a maioria é estudante e temos os nossos compromissos com a escola e agora como podemos honrá-los estando retidos na Brava?”, questionou.
Daí, apelou aos responsáveis do partido a encontrarem uma solução, o mais breve possível, para que possam viajar, tendo em conta que todos têm os seus compromissos e este imprevisto está a causar muitos constrangimentos.
Contatado, o candidato MpD às eleições autárquicas de domingo, Francisco Tavares, admitiu que os jovens manifestaram o desejo de viajar para a Brava, no intuito de exercerem os seus direitos de voto, mas mostrou-se surpreso com a retenção ainda do grupo na ilha.
Segundo o ex-edil, o partido solicitou à empresa CV Interilhas as passagens de viagem de entrada na Brava para o sábado passado, sendo que o regresso teria que ser esta segunda-feira. Porém isto não aconteceu e para a surpresa dos mesmos, a empresa emitiu as passagens para o próximo sábado,07.
Sendo assim, o candidato reconheceu que muitos destes estudantes estão sujeitos a perderem alguns dias de aulas, o que lamentou, reiterando que as emissões das passagens foram solicitadas com o regresso para esta segunda-feira, o que não aconteceu.
“Esta é uma situação que me apanhou totalmente de surpresa, isso porque as passagens foram entregues aos passageiros, no entanto não verificaram corretamente a data do regresso e segundo estão afirmando, os primeiros três bilhetes estavam com regresso para o dia 02 do corrente mês, já os outros as datas eram para o dia 07 e isto está a causar hoje este constrangimento”, salientou.
Francisco Tavares garantiu que os responsáveis estão a tentar “fazer de tudo” para que este problema seja resolvido o mais depressa possível.
DM/JMV
Inforpress/Fim
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