Cidade da Praia, 30 Nov (Inforpress) – Tchinda Andrade que ficou conhecida internacionalmente ao ser protagonista do documentário “Tchindas” realizado por Marc Serena e Pablo García Pérez de Lara, faleceu na manhã desta sexta-feira, 29 de Novembro, vítima de doença, no Hospital Baptista de Sousa, em Mindelo.
Nascida no Mindelo, em 1979, Tchinda foi a primeira mulher a assumir publicamente como transgénero, no Carnaval do Mindelo, em 1998, quando tinha 19 anos.
Tchinda, que trabalhava como vendedora ambulante, destacou-se ainda por ter discutido a sua identidade de género num semanário local, num artigo intitulado Tchinda-val.
A Comissão Nacional de Direitos Humanos (CNDH) e o Instituto Cabo-verdiano para a Igualdade e Equidade de Género (ICIEG) lamentaram o falecimento da activista social descrevendo-a como “figura icónica e de grande importância da comunidade LGBTIQ”.
Segundo a publicação da CNDH na sua página nas redes sociais, Tchinda "foi mais do que uma voz para a comunidade LGBTQIA+ e sempre será um símbolo" de coragem, resiliência e defesa dos direitos humanos da comunidade.
“Os seus incansáveis esforços foram um apelo à ação por justiça, inclusão e igualdade. Por meio do seu trabalho, Tchinda deu visibilidade a vozes muitas vezes silenciadas e inspirou inúmeros indivíduos a lutar pelos seus direitos”, disse, realçando que sua partida desafia a comunidade a enfrentar os silêncios que ainda persistem na sociedade.
“Enquanto lamentamos a perda de Tchinda, celebramos a sua vida, a sua bravura e o seu legado. Honremos a sua memória continuando a luta pela igualdade e justiça, ampliando as vozes daqueles que ela representava com tanto afinco”, concretizou.
LT/JMV
Inforpress/Fim;
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