AP-CPLP: Rui Semedo e Carmen Martins partilham mesmo olhar sobre democracia em Cabo Verde

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AP-CPLP: Rui Semedo e Carmen Martins partilham mesmo olhar sobre democracia em Cabo Verde
24/07/24 - 12:14 pm

Cidade da Praia, 24 Jul (Inforpress) – A Assembleia Nacional divulgou hoje, na sua página oficial, que os deputados Rui Semedo (PAICV) e Carmen Martins (MpD) partilharam o mesmo olhar sobre a democracia cabo-verdiana durante a 13ª AP-CPLP que terminou terça-feira em Moçambique.

Rui Semedo e Carmen Martins, que falavam durante o debate sobre a “Promoção da Democracia e do Estado de Direito nos Países da CPLP”, bem como a forma como pretendem os países da CPLP, juntos, trabalharem para promovê-los, afirmaram que a democracia cabo-verdiana “tem proporcionado ganhos importantes apesar da necessidade de melhorias”.

Na sua intervenção nesse debate, Rui Semedo reconheceu que as democracias, globalmente, têm passado por momentos desafiantes e de crise.

Justificou esta afirmação com o facto de os países não terem conseguido evitar conflitos, guerras, governos com grandes falhas, mortes de inocentes desvalorizando a vida, migrações forçadas e também assassinas, acesso ao poder de pessoas que não têm cultura democrática ou acesso ao poder por vias não legítimas ou não legitimadas.

No caso de Cabo Verde, o deputado e líder do PAICV, disse que a democracia tem proporcionado ganhos importantes, não obstante reconhecer, por outro lado, a necessidade de se trabalhar ainda mais a sua melhoria.

“É claro que tem tido ganhos importantes. A democracia cresce, fortalece e tende a consolidar-se em Cabo Verde. Somos uma democracia com falhas. É a avaliação que fazem de nós e ficamos satisfeitos quando se reconhece, a nível mundial, os avanços da nossa democracia”, realçou sustentado a obrigação do país de reconhecer que pode fazer mais para a democracia cabo-verdiana.

Frisou ainda que a melhor classificação de Cabo Verde no índice da democracia é a 23ª e por um partido ao qual não pertence.

“Neste momento somos a 35ª democracia, o que significa que estamos a perder pontos e precisamos trabalhar mais, porque há países que estão a avançar mais rapidamente do que nós e eu acho que todos nós podemos fazer mais”, declarou o líder do PAICV que ressaltou a existência de ganhos formais, mas, igualmente, a necessidade de se trabalhar para se obter outros ganhos no combate à pobreza, no aumento da inclusão e do nível de instrução e na melhoria da qualidade da educação e de vida dos cabo-verdianos.

Por sua vez, a deputada do MpD, Carmen Martins, defendeu no debate geral sobre a Democracia e o Estado de Direito, que Cabo Verde teve, durante todos esses anos, ganhos incomensuráveis advenientes da democracia como é o caso das eleições livres e transparentes realizadas no país.

Neste ponto, a parlamentar lembrou que o país vai, dentro de pouco tempo, realizar mais uma eleição autárquica e disse, neste contexto, que o poder autárquico é uma grande conquista de Cabo Verde e mais um aspecto da democracia.

“Logo após as primeiras eleições pluripartidárias em Cabo Verde, veio a instalação do poder autárquico com a Constituição de 1992. E, muitos dos ganhos que Cabo Verde conseguiu, ainda hoje, alcançar é graças ao poder autárquico, porque foi através deste processo que alcançamos a democracia”, disse.

Carmen Martins garantiu ainda no seu discurso que os cuidados para com a democracia são os mesmos que se deve ter para com as mulheres.

“A mulher, assim como a democracia, exige que se tenha cuidado. Muito cuidado, porque há sacrifícios que fazem, esforços, entrega e são valores que a mulher carrega no seu dia-a-dia, assim como a democracia vai precisar carregar esses valores”, concluiu.

A 13ª Assembleia Parlamentar da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa que teve lugar em Moçambique sob o tema “Democracia e o Estado de Direito” foi encerrada na tarde de quarta-feira, 23.

PC/HF

Inforpress/Fim

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