Alterações Climáticas: Eventos extremos agravam-se e exigem proibição de construção em zonas de risco - responsável (c/áudio)

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Alterações Climáticas: Eventos extremos agravam-se e exigem proibição de construção em zonas de risco - responsável (c/áudio)
17/10/25 - 02:54 pm

Cidade da Praia, 17 Out (Inforpress) – Cabo Verde enfrenta a necessidade de acelerar a adaptação aos efeitos das alterações climáticas, com eventos extremos como chuvas intensas e secas prolongadas a tornarem-se mais frequentes e severos, alertou hoje o secretário nacional de acção climática.

No âmbito de um workshop promovido pelo Ministério da Agricultura e Ambiente, através do Secretariado Nacional de Acção Climática, na cidade da Praia, Alexandre Rodrigues explicou que o país tem de melhorar o planeamento urbano e impedir construções em zonas de risco sob pena de aumentar as perdas humanas e materiais.

Segundo o responsável, as chuvas intensas que assolaram a ilha de São Vicente na madrugada de 11 de Agosto, foram devido às mudanças climáticas, alertando que o painel intergovernamental das mudanças climáticas, já tinha, há décadas, projecções sobre a intensificação destes acontecimentos.

“As pessoas precisam compreender que não é possível nestas condições continuarmos a construir em zonas de risco, e é por isso que estamos a finalizar os mapas de vulnerabilidade e risco”, realçou, sublinhando que na segunda-feira vão realizar o primeiro workshop para analisar os documentos para cinco municípios.

O responsável explicou que já foi garantido através do financiamento do Fundo Verde do Clima para os restantes 16 municípios, a fim de ter todo o país com mapas de vulnerabilidade e risco e permitir que as comunidades conheçam as áreas em que não devem construir.

“Porque de certeza absoluta, isto não é uma suposição, se construir nas ribeiras, se construirmos nas zonas de risco, de certeza absoluta vamos ter mais mortos”, advertiu.

Em paralelo, está em preparação um projecto de alerta precoce, que visa informar a população com antecedência sobre eventos extremos.

"O objectivo, é aumentar a capacidade de compreensão da população sobre os fenómenos climáticos e evitar a contínua exposição aos riscos das mudanças climáticas", concluiu.

LT/CP
Inforpress/Fim

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