idade da Praia, 15 Fev (Inforpress)- As Aldeias Infantis SOS de Cabo Verde estão a trabalhar no programa de Reforço Familiar, no sentido de prevenir o abandono infantil, anunciou hoje o coordenador Nacional de Desenvolvimento de Parcerias, Wagner Gomes.
Em declarações à Inforpress, o responsável explicou que o Programa de Reforço Familiar e prevenção ao abandono infantil está a ser implementado na ilha de São Vicente desde 2021 e que o seu término este ano.
Até o momento cerca de 500 crianças já foram contempladas com o projecto, beneficiando assim 200 famílias em quatro comunidades da ilha.
Segundo a mesma fonte, o programa também já arrancou nas ilhas do Fogo, no município de São Filipe, e em Santiago.
No município de São Filipe, 450 crianças serão beneficiadas com o Programa de Reforço Familiar, com a finalidade, segundo o coordenador, de permitir com que mais crianças e jovens cresçam dentro de um ambiente seguro, com os “recursos que precisam” para alcançarem o seu pleno potencial.
Disse que o objectivo é chegar a mais municípios e comunidades pelo que decorre uma avaliação nos municípios e comunidades que têm mais carência e precisam de intervenção, adiantando que na ilha de Santiago a previsão é chegar a 150 famílias e 450 crianças em três comunidades.
“Pretendemos fazer o lançamento do projecto na ilha de Santiago no mês de Março, visto que também estamos a trabalhar com a câmara na mobilização de parcerias e na identificação de comunidades com mais necessidades”, referiu.
O programa de Reforço Familiar tem como objectivo agir de forma preventiva, isto é, conta o coordenador que a equipa se desloca às comunidades para reforçar a sensibilização e evitar com que as crianças percam o laço familiar e vão parar nas Aldeias.
“Então dentro desse contexto social queremos trabalhar não só a componente parental, cuidados parentais, mas também reforçarmos a capacidade de organização de bases comunitárias e junto com os parceiros serem também actores chaves em apoiar famílias e crianças”, assegurou.
Em São Vicente, garantiu que os resultados têm sido “visíveis”, sublinhando que as Aldeias Infantis SOS de Cabo Verde junto com os parceiros têm conseguido apoiar as famílias a minimizar os “impactos negativos”.
O projecto destinado para São Filipe e da Praia orçado 20 mil contos e vigora até 2027 e conta com o financiamento da SOS Alemanha e o programa de São Vicente, que já está na reta final, está avaliado em 56 mil contos.
A previsão, segundo a mesma fonte, é estender o programa para as ilhas do Sal e Boavista.
OS/JMV
Inforpress/JMV
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