Beijing, 24 abr (Inforpress) - O presidente chinês, Xi Jinping, prometeu que seja qual for a mudança do mundo, a China não desacelerará suas acções climáticas, nem reduzirá o seu apoio à cooperação internacional e que juntos vão superar os “ventos contrários”.
Xi Jinping fez essas considerações, na quarta-feira, num discurso por videoconferência na Reunião de Líderes sobre Clima e Transição Justa, citado pela Xinhua.
Observando que este ano marca o 10.º aniversário do Acordo de Paris e o 80.º aniversário da fundação da Organização das Nações Unidas (ONU), Xi disse que, à medida que mudanças globais sem precedentes se desenrolam em um ritmo mais rápido, a humanidade chegou a uma nova encruzilhada.
O estadista chinês disse que “embora a busca persistente de certo grande país pelo unilateralismo e proteccionismo tenha impactado seriamente as regras internacionais e a ordem internacional, a história, como sempre, avançará em meio às reviravoltas”.
"Enquanto aumentarmos a confiança, a solidariedade e a cooperação, superaremos os ventos contrários e avançaremos firmemente na governança climática global e em todos os esforços progressistas do mundo", precisou.
Ele defende que primeiro devem aderir ao multilateralismo, acrescentando que todos os países devem salvaguardar firmemente o sistema internacional centrado na ONU e a ordem internacional sustentada pelo direito internacional e salvaguardar firmemente a equidade e a justiça internacionais.
"É importante que todos os países defendam o Estado de Direito, honrem compromissos, priorizem o desenvolvimento verde e de baixo carbono e respondam conjuntamente à crise climática por meio da governança multilateral", advogou.
Em segundo lugar, a mesma fonte entende que a cooperação internacional deve ser aprofundada, através da abertura e inclusão para superar barreiras e conflitos.
Facilitar o livre fluxo de tecnologias e produtos verdes de qualidade, para que possam ser disponíveis, acessíveis e benéficos para todos os países, defendeu.
A China, assegurou, aprofundará vigorosamente a cooperação Sul-Sul e continuará a fornecer ajuda aos países em desenvolvimento da melhor maneira possível.
Em terceiro lugar, defendeu a promoção de uma transição justa com a melhoria do bem-estar das pessoas no centro, e a governança climática, além de integrar os múltiplos objectivos de protecção ambiental, desenvolvimento económico, criação de empregos e erradicação da pobreza.
Em quarto lugar, todas as partes devem, na sua óptica, fazer o máximo para formular e implementar seu programa de acção para contribuições nacionalmente determinadas, coordenando o desenvolvimento económico e a transição energética.
A China, prometeu, anunciará suas contribuições, antes da Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática em Belém, no Brasil.
A China, referiu Xi Jinping, dispõe do maior sistema de energia renovável com o mais rápido crescimento do mundo, bem como a maior e mais completa cadeia industrial de energia renovável.
O país “lidera” na velocidade e escala do "esverdeamento", contribuindo com um quarto da área de reflorestamento recém-adicionada do mundo, disse.
"Seja qual for a mudança do mundo, a China não desacelerará suas ações climáticas, não reduzirá seu apoio à cooperação internacional e não cessará seus esforços para construir uma comunidade com um futuro compartilhado para a humanidade", garantiu.
Inforpress/Xinhua
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