UE/África: António Guterres defende maior representação de países africanos nas instituições mundiais

Inicio | Internacional
UE/África: António Guterres defende maior representação de países africanos nas instituições mundiais
25/11/25 - 08:00 am

Luanda, 25 Nov (Inforpress) – O secretário-geral da ONU insistiu hoje na defesa de uma maior representação dos países africanos em instituições mundiais, incluindo no conselho permanente das Nações Unidas.

Na abertura da Cimeira União Africana-União Europeia, António Guterres afirmou que, apesar das maiores desigualdades num mundo marcado pelos conflitos, Europa e África têm “uma oportunidade para retificar injustiças históricas”.

O ex-primeiro-ministro português sustentou que esse processo deve começar, por exemplo, por garantir uma maior representação das nações africanas, mas também por se “acabar com os velhos modelos de exploração de recursos”.

“África tem os recursos e a dinâmica de uma força jovem e Europa tem o capital e o conhecimento tecnológico”, disse, no âmbito do que é preciso fazer ao nível do investimento ao nível da ação climática.

Guterres também defendeu que é preciso reformar “a arquitetura financeira atual”, que “é igualmente injusta e ineficaz”.

Europa e África, prosseguiu o líder das Nações Unidas, podem ter um papel central nas ações contra a pobreza, deslocações e migrações forçadas, para se viabilizar o potencial do continente africano.

A sétima cimeira UE-UA realiza-se em Luanda hoje e terça-feira, centrada em “promover a paz e a prosperidade através de um multilateralismo eficaz”.

O encontro de alto nível – o 25.º entre os dois blocos - é copresidido pelo Presidente de Angola, João Lourenço, e pelo presidente do Conselho Europeu, António Costa, estando a UE ainda representada pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e a UA pelo presidente da Comissão, Mahmoud Ali Youssou.

A União Europeia é constituída por 27 países, incluindo Portugal. A União Africana é composta por 55 nações, incluindo Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe.

Inforpress/Lusa

Fim

Partilhar