Treze monitores recebem formação em alerta precoce de violência no País

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Treze monitores recebem formação em alerta precoce de violência no País
02/07/24 - 02:30 pm

Cidade da Praia, 02 Jul (Inforpress) – Um total de 13 monitores comunitários estão a receber, na cidade da Praia, uma formação em alerta precoce de violência no País, que tem como principal objectivo reduzir o índice de violência.

A formação é promovida pela Rede de Consolidação da Paz da África Ocidental (WANEP), em parceria com a Associação Cabo-verdiana de Luta Contra VBG (ACLCVBG).

Os formados vão actuar nas suas comunidades como monitores em alerta precoce, alertando para os desafios ligados à paz e à segurança humana e informar os decisores sobre acções de resposta e possíveis estratégias de intervenção.

Em declarações à imprensa na abertura da formação, que tem duração de três dias, a ministra da Justiça, Joana Rosa, destacou o “papel importante” desses monitores nos seus respectivos concelhos, trazendo dados sobre várias situações de vulnerabilidade e desafios ao nível da segurança, tanto humana quanto ambiental.

“Isso permitirá que o Governo implemente políticas para corrigir as situações que surgem. Gostaria de agradecer à Associação VBG pelo trabalho que tem realizado, especialmente pela importância que essa questão terá no trabalho desses monitores na avaliação e acompanhamento das várias situações de violência baseada no género”, enfatizou a governante.

Conforme ressaltou, tem sido frequentemente mencionado nos relatórios de direitos humanos a necessidade de medidas políticas para resolver, corrigir e reduzir o índice de criminalidade relacionado à violência de gênero e à violação sexual contra crianças, vulnerabilidades que, sublinhou, devem ser trabalhados em conjunto com associações.

“A prevenção contra a criminalidade, por exemplo, é fundamental, mas deve ser um esforço conjunto entre as ONG, associações e o Governo, para criar uma consciência comunitária sobre a necessidade do envolvimento de todos”, vincou Joana Rosa.

Cada ilha terá um monitor, com excepção da ilha de Santiago que contará com quatro devido ao alto índice de violência, conforme explicou, por outro lado, o presidente da Associação Cabo-verdiana de Luta Contra VBG (ACLCVBG), Vicenta Fernandes.

Segundo aquela responsável, estes monitores irão observar a situação local, monitorar o movimento e identificar quaisquer circunstâncias que possam levar a um crime, reportando-se ao Centro de Alerta Precoce da CEDEAO e da União Africana para melhorar a segurança e a actuação rápida sobre questões de violência em Cabo Verde.

Sobre o índice de violência, indicou Vicenta Fernandes, Cabo Verde, registou quatro feminicídios no segundo semestre deste ano, o que destaca a gravidade da situação.

 “A meta, com base no plano estratégico em desenvolvimento, é acabar com a violência ou, pelo menos, garantir que as pessoas saibam que podem denunciar a violência e que há suporte e justiça disponíveis”, apontou.

TC/ZS

Inforpress/Fim

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