Siprofis pede revisão dos processos disciplinares de 200 professores instaurado pelo Ministério da Educação

Cidade da Praia, 28 Jun (Inforpress) - O Sindicato dos Professores da Ilha de Santiago (Siprofis) solicitou hoje ao Ministério da Educação a revisão dos processos disciplinares, em curso, contra 200 docentes devido ao atraso do lançamento das notas no Sistema Integrado de Gestão Escolar (SIGE).

Abraão Borges, que falava à imprensa, realçou que os processos disciplinares foram instaurados devido ao não cumprimento dos prazos estipulados para lançamento das notas no SIGE e avançou alguns pontos cruciais para uma análise equitativa e justa da situação.

Os pontos avançados pelo sindicalista referem-se à questão de insuficiência dos recursos informáticos em que afirma que alguns professores enfrentam dificuldades operacionais devido à falta de recursos tecnológicos adequados para o lançamento das notas, o que no seu entender, comprometeu a eficiência do processo, resultando assim em atrasos mencionados.

O presidente do Siprofis apontou ainda desvantagem devido à pressão psicológica e desenvolvimento profissional, relatado por professores devido às expectativas de desenvolvimento profissional contínuo, bem como uma orientação inadequada que não estavam alinhadas com as políticas estabelecidas pelo sindicato.

“É crucial destacar que apesar dos contratempos no lançamento das notas no SIGE, todos os alunos foram devidamente avaliados e os resultados foram comunicados de maneira oportuna aos estudantes e seus responsáveis legais, não havendo prejuízo às suas avaliações académicas”, disse.

Para Abraão Borges, no momento em que se implementa o Plano de Carreiras, Funções e Remunerações (PCFR) e o novo estatuto para os professores é imperativo fomentar um ambiente de colaboração e confiança recíproca entre o Ministério da Educação e os professores.

“A anulação dos processos disciplinares em questão não apenas reconhecerá as circunstâncias atenuantes mencionadas, mas também fortalecerá o compromisso conjunto com o sucesso e a qualidade da educação em Cabo Verde”, acrescentou.

PC/CP

Inforpress/Fim