Simpósio em Cabo Verde defende maior investimento no mercado editorial

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Simpósio em Cabo Verde defende maior investimento no mercado editorial
16/06/25 - 12:48 pm

Cidade da Praia, 16 Jun (Inforpress) - A Leitora do Instituto Guimarães Rosa, do Brasil, e organizadora do Simpósio Internacional de Literatura Infantil e Juvenil de Cabo Verde, Karina Gomes, defendeu hoje, na Praia, a necessidade de mais investimento no mercado livro cabo-verdiano.

“O mercado do livro em Cabo Verde tem muito potencial, mas é um mercado que precisa de investimento, até mesmo para a qualidade estética dos livros. Sabemos que o livro em Cabo Verde é muito caro e muitas vezes inacessível, então com certeza é um mercado em plena ascensão", afiançou.

Karina Gomes fez estas declarações à imprensa na abertura do II Simpósio Internacional de Literatura Infantil e Juvenil de Cabo Verde, que decorre de 16 a 18 de Junho na Universidade de Cabo Verde.

O evento tem como objectivo valorizar a literatura infantil e juvenil como ferramenta de empoderamento, enriquecimento linguístico e aproximação entre escola, família e comunidade.

Aquela responsável sublinhou que a leitura literária deve ser incentivada desde a infância e destacou o papel dos professores como mediadores de leitura.

Neste segundo ano, o simpósio reúne participantes de Cabo Verde, Brasil, Portugal e Itália, com o apoio do Instituto Internacional da Língua Portuguesa, da Embaixada do Brasil e da Cátedra Eugénio Tavares.

“Estamos a formar uma comunidade que acredita na leitura como chave para o desenvolvimento do país”, frisou a leitora brasileira, que ministra a disciplina de Literatura Infantil e Juvenil na Uni-CV.

Por seu lado, a professora Ângela Balsa, da Universidade de Évora, investigadora do Centro de Investigação e Estudos da Criança da Universidade do Minho, que participa pela segunda vez no simpósio, destacou a qualidade científica do evento e a importância da formação de professores para o incentivo à leitura desde a infância.

 “A leitura é fundamental para a inserção do cidadão. Formar leitores literários eleva os níveis de leitura e de participação social”, reforçou.

Ângela Balsa defendeu ainda a integração dos meios digitais na promoção da literatura, mencionando o crescente papel dos livros e conteúdos digitais no contacto das crianças com a leitura.

A investigadora, juntamente com a professora Maria Pires, do Instituto Politécnico de Castelo Branco, irá ministrar uma oficina com o objectivo de explorar o livro de literatura infantil enquanto objeto multimodal.  

“Pretendemos mostrar como o livro pode conjugar simultaneamente literatura, ilustração, música, vídeo e também os paratextos, tudo aquilo que rodeia o livro e que pode ser estudado no âmbito da literatura para a infância”, referiu.

TC/CP

Inforpress/Fim

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