Mindelo, 15 Abr (Inforpress) – A Direcção Nacional da Saúde realizou hoje, no Mindelo, uma formação que pretende capacitar os profissionais a aliviar o sofrimento de pacientes com doenças terminais e ajudar na qualidade de vida.
Conforme adiantou à imprensa a coordenadora Nacional de Cuidados Paliativos, Valéria Semedo, a acção formativa enquadra-se no plano nacional para garantir que essa assistência seja feita nas estruturas de saúde de todo o Cabo Verde.
Um trabalho iniciado, segundo a mesma fonte, em 2021 e que já permitiu constituir 15 equipas de cuidados paliativos nas ilhas de Santiago e São Vicente.
“Para conseguirmos expandir a formação é essencial garantir com que os integrantes, os profissionais, estejam a trabalhar de acordo com aquilo que é esperado na área de cuidados paliativos”, sublinhou Valéria Semedo, referindo que em 2024 contabilizaram um total de 759 atendimentos em cuidados paliativos.
A capacitação dos profissionais cabo-verdianos está a ser feita em parceria com a Iniciativa 3M, de Portugal, que, conforme elucidou o representante Hugo Ribeiro, já ajudou a formar mais de 200 técnicos na área, mas pretende atingir ainda maior número.
“O objectivo é passar formação básica no que são os cuidados paliativos e no que podem acrescentar ao sistema de saúde. Se todos nós tivermos a consciência de que temos cada vez mais a população envelhecida com várias doenças crónicas, altamente complexas do ponto de vista clínico, precisamos de entender que é uma área transversal e central do sistema”, explicou.
Os cuidados paliativos, elucidou a mesma fonte, são baseados e focados na qualidade de vida, no controle de sintomas, na adequação da terapêutica perante as características individuais das pessoas.
Mas, por outra via, Hugo Ribeiro disse ser essencial, para além da parte formativa, apostar na recolha de dados e depois oferecer esses dados aos decisores políticos a fim de reorganizar a rede de prestação de cuidados de saúde.
Como prova disso, o responsável da 3M apontou os dados recolhidos nos últimos três anos que permitiram aferir o número de atendimentos, que antes eram de 200 a 300 pacientes, agora já chegaram a 700 no ano passado.
LN/CP
Inforpress/Fim
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