São Vicente: Pessoas com deficiência queixam-se de maus tratos nos programas de saúde sexual e reprodutiva – Adevic

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São Vicente: Pessoas com deficiência queixam-se de maus tratos nos programas de saúde sexual e reprodutiva – Adevic
11/12/24 - 06:51 pm

Mindelo, 11 Dez (Inforpress) – O membro da Associação dos Deficientes Visuais de Cabo Verde (Adevic), Carlos Mascarenhas, disse hoje que ainda há pessoas com deficiência que se queixam de maus tratos quando procuram receber cuidados de saúde sexual e reprodutiva.

Em declarações à Inforpress, Carlos Mascarenhas, que é também coordenador do projecto de direitos humanos e advocacia da União Africana dos Cegos, disse que é pertinente sensibilizar a sociedade, as pessoas com deficiência e os próprios familiares de que a saúde é um direito de todos, pelo que é preciso evitar que pessoas com deficiência fiquem à margem dos benefícios e programas de saúde sexual e reprodutiva.

Carlos Mascarenhas falava a propósito da palestra sobre “saúde sexual e reprodutiva dos jovens e mulheres com deficiência”, que aconteceu no auditório da Escola Técnica do Mindelo.

“Não podemos dizer que são de todo maltratados, mas temos algumas queixas dessas pessoas. Por exemplo, há pessoas que já não podem ter mais filhos porque foram submetidas a tratamentos em que não consentiram. Há também alguns relatos de maus tratos no momento em que estão em trabalho de parto”, relatou a mesma fonte.

Neste sentido, acrescentou a Adevic tem desencadeado uma série de actividades para capacitar as pessoas com deficiência sobre esses direitos, mas também tem apelado às entidades que fiscalizam esses serviços para sensibilizar os profissionais que trabalham nas estruturas de saúde para proteger e tratar as pessoas com deficiência com a mesma dignidade e em pé de igualdade com as outras.

“Nem todas as pessoas vão à procura dos serviços de saúde sexual e reprodutiva porque têm um certo medo e a própria sociedade acha que por terem uma deficiência ela se estende aos outros órgãos, o que não é verdade”, explicou Carlos Mascarenhas, acrescentando que muitas vezes são os próprios familiares que impedem que as pessoas com deficiência acedam a esses tipos de serviço.

CD/HF

Inforpress/Fim

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