São Vicente: Ministro defende criação de linha de comunicação fluida entre empresas e Governo

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São Vicente: Ministro defende criação de linha de comunicação fluida entre empresas e Governo
27/11/25 - 06:15 pm

Mindelo, 27 Nov (Inforpress) – O ministro da Promoção de Investimentos e Fomento Empresarial defendeu hoje a necessidade de criar uma linha de comunicação mais fluida entre o Governo e as empresas, de modo a facilitar o acesso ao ecossistema de financiamento.

Eurico Monteiro fez esta afirmação durante um encontro entre a Pró-Capital e empresários de São Vicente, destinado a apresentar as “Alternativas pós-tempestade Erin”.

“Precisamos, de facto, de uma linha de comunicação que seja mais fluida entre as empresas afectadas, as pessoas e os operadores, evitando a fragmentação e garantindo o contacto com todos os elementos do ecossistema de apoio”, afirmou.

Segundo o ministro, a comunicação entre os empresários de diferentes áreas e os vários departamentos governamentais tem sido dispersa e, por isso, justificou a proposta de criar um canal capaz de articular todos os intervenientes e acelerar a capacidade de resposta.

“Temos já várias instituições do Estado no terreno, mas precisamos de um ponto comum de diálogo e não podemos deixar isso para amanhã ou depois de amanhã, porque complica o relacionamento”, salientou.

O governante explicou ainda que o encontro com os empresários serviu para apresentar a Pró-Capital como mais um instrumento do ecossistema de financiamento, funcionando como uma espécie de parceiro provisório do negócio.

“Quando o Estado entra no capital de uma empresa, aumenta a sua credibilidade no acesso ao crédito, porque os bancos vêm que o negócio é sólido”, observou, esclarecendo que essa participação será transitória.

O presidente do conselho de administração da Pró-Capital, Eugénio Moeda, afirmou que o objectivo foi demonstrar como podem apoiar a retoma após a tempestade Erin, contribuindo para alavancar os negócios locais.

“Enquanto sociedade de capital de risco, podemos ser um parceiro institucional, com um prazo de permanência até 12 anos. Também podemos entrar directamente no capital social das empresas, até 49 por cento (%)”, explicou.

Afirmou ainda que, nesta conjuntura, muitos empresários poderão necessitar de um “empurrão nas costas”, seja por via de um financiamento ou de um investidor de capital de risco, beneficiando de várias vantagens.

Sublinhou que, ao contrário do financiamento bancário, o capital de risco permite uma carência mais longa e a Pró-Capital, enquanto parceira, não cobra juros.

Apesar de assumir o risco do negócio juntamente com o empresário, avançou que o retorno do investimento para a Pró-Capital só ocorre no final do período de permanência na empresa.

CD/HF

Inforpress/Fim

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