Mindelo, 24 Jun (Inforpress) - O secretário-geral adjunto do MpD (poder) disse hoje que São Vicente ganha dinâmica económica com o Terminal de Cruzeiros e que pedir sindicância é um expediente usado pela oposição para criar um facto negativo à volta da infra-estrutura.
Vander Gomes, secretário-geral adjunto do Movimento para a Democracia (MpD), falava em conferência de imprensa no Mindelo após as críticas em relação ao Terminal de Cruzeiros por parte do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV) e União Cabo-Verdiana Independente e Democrática (UCID), ambos da oposição.
“São Vicente ganha com esta obra. Ganha dinâmica económica, porque o turismo de cruzeiros movimenta a restauração, o comércio, os operadores turísticos, os guias, os taxistas e muitos outros sectores. Ganha visibilidade internacional, porque cada navio que aqui atraca é uma montra para o mundo”, considerou, acrescentando ainda que a ilha “ganha uma nova centralidade no contexto nacional e regional como um destino de excelência no Atlântico Médio”.
Segundo o político, no início de Julho o terminal vai receber um novo cruzeiro, maior do que o que não atracou no dia da inauguração, e “todas as narrativas dos partidos da oposição vão cair por terra porque dará início a uma jornada de sucesso para São Vicente como destino de cruzeiros de referência”.
Pelo que, considerou que o pedido de sindicância do PAICV para apurar as causas que estiveram por detrás da não atracação do navio `Seven Seas Voyager´ no dia da inauguração do terminal é mais um expediente usado para criar um facto político negativo à volta do porto de cruzeiros.
“Infelizmente, o PAICV e alguns escribas ao seu serviço voltam a enveredar-se pelo mesmo caminho de sempre, insinuar, distorcer e levantar poeira. Tudo para tentar obscurecer uma obra que sabem que foi bem acolhida pelo povo e representa um marco para o desenvolvimento da ilha”, argumentou, referindo que a Enapor já deu todos os esclarecimentos sobre o ocorrido.
Vander Gomes também considerou falsas as declarações da UCID de que “a obra não cumpriu todas as fases projectadas e que falta partes estruturais como a gestão de resíduos, casas de banho público, requalificação da avenida marginal e iluminação” entre outros aspectos.
“Nada mais que falso, porque a obra cumpriu escrupulosamente o que constava no caderno de encargos. Cumpriu escrupulosamente tudo aquilo que foi submetido ao financiamento, quer nacional, quer internacional. Portanto, não há alteração nenhuma do projecto”, afiançou.
Segundo a mesma fonte, “a única alteração, pela positiva, foi a introdução do mecanismo do Onshore Power Supply (OPS) que permite que os navios desliguem o motor e possam conectar-se à rede de electricidade doméstica”.
Na visão de Vander Gomes isso vai permitir que haja maior cuidado com o ambiente dando satisfação à lógica dos tratados internacionais que Cabo Verde ratificou em relação aos portos verdes.
CD/ZS
Inforpress/Fim
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