Mindelo, 26 Fev (Inforpress) – O ministro do Mar, Jorge Santos, disse hoje, no Mindelo, que o concurso para a execução das obras do novo mercado de peixe será lançado no mês de Março e terá um prazo de 18 meses.
Jorge Santos falava à imprensa após a apresentação do projecto do novo mercado de peixe de São Vicente, inserido num plano de requalificação da área, orçado em cerca de 300 mil contos financiado pelo Banco Mundial.
“O Governo tem um projecto que engloba o mercado e a requalificação de toda essa área do mar. Não só a requalificação dos espaços, locais de acesso do pescado, mas também a construção do novo mercado. É um mercado municipal e com certeza no quadro do projecto Turismo Resiliente e Economia Azul será reconstruído e será entregue de novo à Câmara Municipal de São Vicente”, explicou.
Questionado pela Inforpress sobre o gasto do dinheiro público tendo em conta que o mercado será demolido quando já tinha sido alvo de uma requalificação, indicada em Agosto de 2020, que não foi concluída, e que levou o ex-presidente da Associação dos Armadores de Pesca (Apesc) a pedir uma auditoria, o ministro disse que a requalificação foi uma “intervenção pontual”.
“Este mercado já teve muitas intervenções pontuais. Neste momento estamos aqui a apresentar um novo projecto, portanto, tínhamos que demolir tudo para montar um novo”, clarificou o governante, assegurando que será construído um novo reassentamento no Quintal das Artes para acolher as peixeiras até as obras serem concluídas.
“Todas as condições vão ser criadas no novo reassentamento. As condições higiénicas, o saneamento, a água, todo o equipamento de conservação de pescado, produção de gelo, tudo vai para isso. Ou seja, o reassentamento será um mercado provisório, com todas as questões garantidas e não haverá nenhuma interrupção na venda de pescado”, declarou, acrescentando também que vão ver como fazer, pontualmente, a descarga do pescado dos botes para o mercado provisório.
Segundo o coordenador da Unidade de Gestão de Projectos do Ministério das Finanças, Nuno Gomes, o novo projecto contempla a remodelação total do interior do mercado e das zonas adjacentes, nomeadamente, a área de acesso e o cais, agregando outras valências à infra-estrutura das quais uma parte turística e de restauração.
Também terá bancadas modernas e higienizáveis com água, reciclagem de água, zona de tratamento do pescado, áreas onde os pescadores possam guardar equipamentos e uma zona de armazenamento e conservação do pescado.
“Tudo aquilo que são as novas práticas, boas práticas internacionais a nível do mercado europeu no tratamento, higiene e segurança vai ser integrado neste projecto. O projecto já está na fase final de conclusão, falta um ou outro detalhe para ser fechado”, afirmou acrescentando que o mercado terá a capacidade de albergar mais de 70 peixeiras, tal como a infra-estrutura actual.
CD/HF
Inforpress/Fim
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