São Vicente: Aldeias SOS apelam a “djunta mom” coordenado para ajudar vítimas a reconstruir suas vidas pós-catástrofe

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São Vicente: Aldeias SOS apelam a “djunta mom” coordenado para ajudar vítimas a reconstruir suas vidas pós-catástrofe
20/08/25 - 03:27 pm

Cidade da Praia, 20 Ago (Inforpress) – O director nacional das Aldeias SOS, Ricardo Andrade, manifestou-se hoje preocupado com a situação das pessoas afectadas pela catástrofe em São vicente, que buscam reconstruir suas vidas, e apelou a um “djunta mom” de forma coordenada nesse sentido.

“Essas famílias vão enfrentar uma dura realidade e nós devemos nos juntar de uma forma coordenada e ajudar a resolver esta situação, porque ter uma habitação condigna, num lugar seguro é um direito que está consagrado na nossa Constituição”, considerou, realçando que a prioridade é tentar reduzir o sofrimento dessas pessoas.

Nesta base, atendendo que casas, bens e, até mesmo, comunidades foram devastadas, e uma vez cobertas as necessidades básicas, é dar agora um passo adicional no sentido de criar condições e deixar as famílias beneficiárias ligadas a processos a mais longo prazo, dando-lhes esperança e oportunidades para recomeçar.

“Porque depois todos vão à sua vida e essas famílias vão enfrentar, na verdade, o verdadeiro luto. É como o luto na morte, os sete dias temos um conjunto de amigos, familiares à nossa volta… depois dos sete dias todos vão para a sua casa e é aí que se vai enfrentar a dura realidade”, comparou.

Destacando a solidariedade, a união e mobilização muito grande das pessoas, dos cabo-verdianos no país e na diáspora, neste momento de crise para oferecer ajuda mútua, doando roupas, alimentos e outros géneros, Ricardo Andrade reiterou, entretanto, que a preocupação maior prende-se, de facto, com a parte pós-emergência.

Segundo a mesma fonte, as Aldeias SOS têm um centro social em São Vicente, em Ribeira de Julião, mas não funciona no modelo de acolhimento das crianças, trabalhando através de projectos de reforço familiar e neste momento assiste 450 famílias nas zonas do Monte Sossego, Ribeira Bote, Ribeirinha e Fonte Felipe que são as mais afectadas, por este desastre natural.

“A infra-estrutura do Centro Social, em si, não sofreu qualquer dano, entretanto, as famílias nas zonas onde nós assistimos, estão entre as mais afectadas e, infelizmente, entre as vítimas estão membros das famílias que nós acompanhamos", conta.

Fez saber que a equipa do centro social está a assistir as famílias, através de assistências básicas para sobrevivência, assistência psicológica e também uma pré-avaliação da situação dessas famílias”, informou.

Pensando numa fase pós-emergência, no sentido de fazer uma avaliação mais profunda e verificar qual será a melhor estratégia para actuação junto dessas famílias, Ricardo Andrade disse que um aspecto que vem ao de cima, prende-se com a questão da habitação.

“Se a questão da habitabilidade não for melhorada, todo o trabalho feito, ciclicamente, pode ir por água abaixo, como agora aconteceu. A questão da habitação não está dentro do foco da missão das ONG infantis SOS, mas como tem a ver com a protecção da infância, dos jovens e protecção da família, de forma indirecta acaba por ser a nossa preocupação e temos deparado, no terreno, com situações muito graves”, acautelou.

SC/HF

Inforpress/Fim

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