Santo Antão: Edil do Porto Novo sugere criação de um parque marinho no Tarrafal e em Monte Trigo

Porto Novo, 15 Abr (Inforpress) – O presidente da Câmara Municipal do Porto Novo, Aníbal Fonseca, sugeriu hoje à comunidade científica e ao Governo a criação de um parque marinho nas zonas de Tarrafal e Monte Trigo, no interior deste município santantonense.   

Aníbal Fonseca, que presidiu à abertura do encontro nacional da Rede de Conservação Ambiental (TAOLA+), que decorre na cidade do Porto Novo, argumentou que o seu município tem uma extensa área costeira, mas não existe nenhuma área marinha protegida neste concelho.

“Temos uma extensa área costeira, mas não temos numa área marinha protegida e deixamos o apelo no sentido de criação de uma área protegida no Tarrafal e Monte Trigo, duas zonas que, no nosso entender, deveriam ser declaradas áreas protegidas”, sublinhou o autarca.

Porém, trata-se de uma questão que cabe à comunidade científica e às instituições competentes do Estado decidir, avançou o presidente da edilidade porto-novense, enaltecendo o facto de Porto Novo estar a acolher o encontro nacional da Rede de Conservação Ambiental, que está a debater “questões ambientais muito relevantes”, como é o caso da protecção das tartarugas marinhas.  

Santo Antão dispõe de cinco áreas protegidas, sendo quatro terrestres e apenas uma marinha, a de Cruzinha, que se situa no município da Ribeira Grande.

O coordenador nacional da rede TAOLA+, Leno dos Paços, disse à imprensa que este evento visa, entre outros objectivos, a apresentação dos resultados nacionais das campanhas de protecção das tartarugas marinhas em 2023, período em que foram registados 130 mil ninhos em todo o País.

Leno dos Paços avançou que houve 600 capturas e destacou o “grande envolvimento” dos voluntários (600) nas campanhas de protecção das tartarugas marinhas no arquipélago em 2023, que resultou no aumento de ninhos em comparação com 2022.

Este encontro nacional da Rede de Conservação Ambiental de Cabo Verde, que decorrerá até ao dia 17 de Abril, reúne organizações não governamentais de todas as ilhas cabo-verdianas que se dedicam à preservação do meio ambiente e biodiversidade e tem ainda como finalidade a eleição dos corpos dirigentes desta rede.

JM/HF

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