Santo Antão: Especialista insiste na criação da área marinha protegida do Tarrafal de Monte Trigo

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Santo Antão: Especialista insiste na criação da área marinha protegida do Tarrafal de Monte Trigo
15/10/25 - 01:45 pm

Porto Novo, 15 Out (Inforpress) – A coordenadora do projecto sobre conservação dos ecossistemas marinhos em Santo Antão, Tereza Amaro, defendeu hoje a urgência de avançar com a criação da Área Marinha Protegida (AMP) do Tarrafal de Monte Trigo, visando a recuperação do ecossistema.

A especialista falava durante um ‘workshop’ de apresentação dos resultados do projecto sobre conservação dos ecossistemas marinhos em Santo Antão, realizado nesta ilha.

Avançou que a criação da área marinha protegida do Tarrafal de Monte Trigo está entre as soluções propostas pelo projecto, que termina no final do ano.

Os estudos levados a cabo pelo projecto, implementado pela Universidade de Aveiro, Portugal, revelaram que a zona - que inclui a Baía do Tarrafal, o Passo de Pau, a Ponta de Peça e o Monte Trigo - apresenta pouca diversidade de peixes e de corais devido a danos no ecossistema.

A criação da zona marinha protegida visa, segundo Tereza Amaro, “fechar” esses sítios “para não haver mais danos”, acreditando que, em cinco anos, será possível recuperar o ecossistema marinho.

A associação ambiental Terrimar, com sede em Santo Antão, também está a trabalhar para a concretização do parque marinho do Tarrafal de Monte Trigo, que, a concretizar-se, será o segundo na ilha, depois do parque de Cruzinha (Reserva Natural), na Ribeira Grande.

O projecto sobre conservação dos ecossistemas marinhos em Santo Antão visa contribuir para a compreensão do estado e funcionamento do sistema do oceano ao redor da ilha de Santo Antão.

Nos últimos três anos, foram realizados estudos científicos especializados, de forma a recolher dados dos ecossistemas marinhos ao redor de Santo Antão, dentro de um enquadramento transdisciplinar e integrado. 

O projecto espera melhorar o conhecimento actual sobre os habitats marinhos da ilha de Santo Antão e fornecer recomendações de gestão eficientes para o seu desenvolvimento sustentável.

JM/CP

Inforpress/Fim

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