Assomada, 10 Abr (Inforpress) - A Comissão Política Regional do PAICV (oposição) considera que o despacho sobre a desprofissionalização do vereador Jacinto Horta deve-se à “falta de competência técnica” da presidente da Câmara Municipal de Santa Catarina.
Teles Fernandes, porta-voz da Comissão Política Regional Santiago Norte (CPR SN) do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV), disse terça-feira, em conferência de imprensa, ser “notável a falta de competência técnica” dos dirigentes da Câmara Municipal de Santa Catarina (CMSC) e que é também “notória a falta de compromisso” desta equipa camarária para com Santa Catarina e sua gente.
“Fomos surpresos, com a desprofissionalização do vereador Jacinto Horta, publicado no BO nº 58 do dia 03 de Abril, sem se apresentar as razões, e sem o assunto ser antes analisado na reunião colegial da câmara, pelo que pedimos que a presidente explicasse aos Santa Catarinenses qual foi o motivo da desprofissionalização de mais um vereador”, sublinhou, acrescentando que o povo quer saber se o vereador pediu a sua desprofissionalização ou se foi desprofissionalização, por iniciativa da presidente.
A mesma fonte disse ainda ter tido acesso, via rede social, a um “estonteante requerimento”, assinado pelo vereador pedindo a suspensão do seu mandato por um período de 365 dias, ao mesmo tempo que dizia que ficava doravante desprofissionalizado, participando apenas nas reuniões da câmara.
Conforme realçou Teles Fernandes, essas são algumas razões que os levaram a questionar, primeiramente qual foi a base legal da desprofissionalização, sublinhando que a presidente deve esclarecer isso, uma vez que o assunto do requerimento aborda a suspensão do mandato, afirmando que a autarca não pode receber um pedido de suspensão de mandato para dar despacho de desprofissionalização.
Continuou ressaltando que o vereador é o candidato escolhido pelo Movimento para a Democracia (MpD) para encabeçar a lista para as Autárquicas 2024 no município, estranhando neste caso se não sabe que o mandato já está a cerca de oito meses do fim, um período inferior a 365 dias.
Ao CPR do PAICV causou alguma estranheza também o facto de no despacho aludir-se à participação nas reuniões camarárias, sustentando que o vereador é o candidato do MpD e com o mandato suspenso é substituído e que não terá assento nas reuniões.
Teles Fernandes considerou igualmente "estranho" este pedido de suspensão de mandato do vereador que ainda tem 8 meses de mandato, e tem sob a sua tutela o pelouro da economia local, investimento, obras e infra-estruturas, que "são áreas fundamentais para o desenvolvimento do município, mas que infelizmente são as mais afectadas e marcadas pelo retrocesso".
“Revela o estado aonde chegamos, o desnorte desta equipa camarária, a falta de compromisso para com o povo de Santa Catarina, ao escolher este vereador para liderar o município", considerou.
“É tempo de agirmos. É tempo de um basta a uma equipa esgotada e de fim de ciclo. É tempo de resgatarmos o orgulho de Santa Catarina”, enfatizou este porta-voz partidário, acrescentando que “Santa Catarina tem homens e mulheres valentes e resilientes, excelentes quadros, juventude esclarecida, preparada e ousada”.
Daí, assegurou que "liderar Santa Catarina, terra de gente irreverente, dinâmica e com ambição, requer liderança e equipa governativa altamente preparada, capacitada e sobretudo comprometida com o processo de seu povo".
“Convocamos a todos que amam incondicionalmente, Santa Catarina, para juntos construirmos a vitória de todos e para todos, nas eleições autárquicas de 2024 porque Santa Catarina merece mais”, finalizou.
VF/MC//ZS
Inforpress/Fim
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