Santa Catarina do Fogo: Presidente da câmara preocupado com os criadores após incêndio de grandes proporções

São Filipe, 25 Mai (Inforpress) - O presidente da câmara de Santa Catarina do Fogo, Manuel Teixeira, afirmou, no sábado, que o município entra agora numa nova fase de resposta ao incêndio que devastou uma extensa área do seu território.

A principal preocupação das autoridades locais recai, neste momento, sobre os criadores de gado, “duramente” afectados pela destruição das pastagens, referiu o edil de Santa Catarina do Fogo.

“Passaremos para uma nova fase, porque agora a nossa preocupação é principalmente com os criadores de gado, porque tudo está perdido em termos de pastagens. É isso que temos que resolver, junto com as entidades, para garantir a sobrevivência dos animais, pelo menos, até as próximas chuvas”, declarou o edil.

Manuel Teixeira descreveu a área atingida como “extremamente considerável” e sublinhou que, embora a maior parte não tenha impacto directo na agricultura, representa uma perda significativa para a pecuária.

“A área destruída era amplamente usada para criação de animais, e essa perda é visível”, acrescentou.

Durante a próxima semana, a edilidade irá comunicar “formalmente ao governo central” o impacto do incêndio, com o objectivo de solicitar fundo de emergência que possa apoiar os criadores de gado, referiu o presidente que destacou que, embora a pecuária seja a preocupação imediata, os agricultores também necessitam de auxílio, tendo em vista a destruição de várias árvores frutíferas.

O presidente da câmara anunciou ainda que, a partir de segunda-feira, 26, o município iniciará a reestruturação interna do corpo de bombeiros com foco na prevenção e resposta rápida.

“Precisamos de um efectivo no terreno, a fazer trabalho preventivo, acompanhar os agricultores e evitar esse tipo de situação”, explicou Manuel Teixeira que reforçou o apelo ao governo e instituições competentes para equiparem adequadamente os três municípios da ilha com viaturas e equipamentos de combate a incêndios.

Manuel Teixeira foi claro ao afirmar que a falta de materiais tem comprometido a capacidade de resposta e referiu que os bombeiros precisam ter os equipamentos adequados para garantir uma resposta eficaz em situações similares.

JR/CP

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