Moscovo, 19 Nov (Inforpress) - O Ministério da Defesa da Rússia afirmou hoje que a Ucrânia já disparou seis mísseis de longo alcance fabricados nos Estados Unidos contra a região russa de Bryansk.
Num comunicado divulgado pelas agências noticiosas russas, o ministério precisou terem sido abatidos cinco ATACMS (Army Tactical Missile Systems, no original) e que foi danificado um outro, cujos fragmentos caíram na zona de uma instalação militar não especificada.
A queda dos destroços provocou um incêndio, mas sem causar quaisquer danos ou vítimas, acrescentou a mesma fonte.
O anúncio de Moscovo surgiu pouco depois de Washington ter levantado as restrições à utilização pela Ucrânia de mísseis de longo alcance fabricados nos EUA para atacar alvos em território russo. A Ucrânia não confirmou a utilização de ATACMS contra a região russa de Bryansk.
Hoje, o Estado-Maior da Ucrânia tinha afirmado que o exército ucraniano atacou um arsenal na zona de Karachev, na região russa de Bryansk.
A tutela indicou que foram ouvidas várias explosões e detonações.
“A destruição de depósitos de munições para as forças de ocupação russas, com o objetivo de pôr fim à agressão armada da Rússia contra a Ucrânia, vai continuar”, refere o comunicado sobre o conflito que atingiu hoje o milésimo dia.
A autorização do Presidente dos Estados Unidos da América (EUA), Joe Biden, vem na sequência do acordo alcançado em maio sobre a utilização de armas norte-americanas para atacar regiões fronteiriças do lado russo da fronteira, mas não inclui a utilização de Army Tactical Missile Systems (ATACMS) ou outros mísseis de longo alcance.
A Ucrânia há muito que pedia essa mudança, mas a atual administração dos EUA tinha hesitado até agora tomar uma decisão, receando que isso pudesse levar a uma nova escalada do conflito, iniciado em fevereiro de 2022.
A autorização a cerca de dois meses de Biden deixar a Casa Branca (presidência norte-americana), já obteve reação do Kremlin (Presidência russa), que acusou os EUA de estarem a atirar gasolina para a fogueira.
Inforpress/Lusa
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