Cidade da Praia, 03 Dez (Inforpress) - O ministro do Tribunal de Contas da União e secretário geral da Organização das Instituições Superiores de Controlo da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (OISC-CPLP) defendeu hoje “medidas práticas” para medir a Violência Baseada no Género (VBG).
Benjamin Zymler falava à imprensa à margem da visita ao presidente da Assembleia Nacional realizada pelos presidentes e altos dignatários das Instituições Superiores de Controlo e Tribunais de Conta de todos os PALOP, Brasil e Portugal, no âmbito do Seminário Internacional de Lançamento da Auditoria Coordenada sobre a VBG nos PALOP e Timor-Leste, que decorre na Cidade da Praia, de hoje até sexta-feira.
“Todos temos a consciência que este é um problema grave, que obviamente leva em consideração questões culturais, sociológicas, mas é preciso medidas práticas para medir a violência do género e propor alterações de comportamento em todos os nossos estados soberanos. Claro, levando em conta a autonomia, a competência de cada um dos estados”, sublinhou.
Informou, neste sentido, que as equipas estão a treinar para que possam, em cinco fases, apresentar em 2026 os resultados.
“Os resultados são apresentados por todos os países, mas há uma visão coordenada. A ideia é ter um raio-x geral e uma recomendação de medidas gerais que possam ser adoptadas em todos esses países. Estamos muito esperançosos que poderemos contribuir com a diminuição desse problema em todos os países lusófonos”, almejou.
Quanto a desafios, Benjamin Zymler explicou que será medir, a partir dos dados reais, indicadores que possam simbolizar essa desigualdade de género, por isso, está-se a realizar cursos e treinamentos para poder uniformizar os métodos de avaliação desse problema.
A visita serviu para o presidente da Assembleia Nacional, Austelino Correia, conhecer os desafios e conquistas de cada instituição presente, assim como as melhores práticas de auditoria e fiscalização em cada uma das suas jurisdições.
SC/ZS
Inforpress/Fim
Partilhar