Santo Antão: José Maria Neves defende oficialização plena da língua cabo-verdiana em paridade com o português

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Santo Antão: José Maria Neves defende oficialização plena da língua cabo-verdiana em paridade com o português
13/02/25 - 03:53 pm

Ribeira Grande, 13 Fevereiro (Inforpress) – O Presidente da República defendeu hoje a oficialização "plena" da língua cabo-verdiana em paridade com o português, destacando a importância da sua implementação no sistema educativo e o fortalecimento da identidade nacional, 50 anos após a independência.

"A língua cabo-verdiana já está na nossa Constituição, que estipula que devem ser criadas as condições para a sua oficialização em paridade com a língua portuguesa", afirmou.

José Maria Neves, que falava aos jornalistas sobre o Fórum Nacional da Língua Crioula, que será realizado no próximo sábado, dia 15, na Cidade da Praia, enfatizou que este é um trabalho que precisa ser concluído, especialmente no contexto dos 50 anos de independência de Cabo Verde.

"Acho que já é tempo de os partidos políticos se entenderem em sede parlamentar para a plena oficialização da língua cabo-verdiana, considerando todas as suas variantes", afirmou.

O Presidente também defendeu que a oficialização da língua cabo-verdiana não deve ser feita com imposições de uma variante específica, mas sim considerando todas as suas diversidades regionais.

"A língua cabo-verdiana, com todas as suas variantes, é importante para o desenvolvimento do sistema educativo e para a melhoria do nível de ensino e aprendizagem das línguas", explicou.

A ideia, segundo o chefe de Estado, é que a língua cabo-verdiana seja um ponto de partida para o aprendizado de outras línguas, incluindo o português, o inglês e o francês.

José Maria Neves reforçou ainda que a língua cabo-verdiana é a língua do quotidiano, presente no parlamento, nos comícios, nas relações familiares e nas interacções cotidianas dos cidadãos.

"A nossa língua é um factor de criatividade e imaginação, e ao desenvolvê-la, estaremos a fortalecer a nossa identidade e o nosso futuro", afirmou, lembrando que as experiências anteriores com ensino bilíngue mostraram resultados positivos.

"As pessoas que estudaram bilingualmente na quarta classe falavam melhor o português e a língua cabo-verdiana do que aquelas que estudaram apenas em português", relatou.

LFS/ZS

Inforpress/Fim

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