João Teves, 24 Dez (Inforpress) – O novo presidente da Câmara Municipal de São Lourenço dos Órgãos anunciou hoje que vai mandar fazer uma auditoria à autarquia gerida desde 2016 pelo MpD, para saber a real situação das contas desse município santiaguense.
“É evidente que vamos ter de pedir uma auditoria à autarquia. Recebemos informações da equipa cessante, mas, não sabemos o que poderá estar por detrás ou algo não fácil de verificar a partir de uma análise substancial. É preciso fazer uma análise mais profunda para podermos ter uma real situação do município”, declarou Euclides Cabral.
O novel autarca, professor de carreira, que tomou posse no dia 19 de Dezembro, fez este anúncio durante uma conferência de imprensa que convocou para explicar porque é que os 285 funcionários da autarquia laurentina, entre os do quadro e em prestação de serviço, ainda não receberam o pagamento do salário do mês de Dezembro.
Segundo disse, recebeu uma “herança pesada” da equipa cessante liderada por Carlos Vasconcelos, ou seja, um município com cerca de 400 mil contos de dívidas.
“Para um município pequeno como São Lourenço dos Órgãos esta dívida [de 400 mil contos] é preocupante, e não sabemos se não há outras ainda por descobrir”, disse, reafirmando que vai avançar de imediato com uma auditoria à Câmara Municipal de São Lourenço dos Órgãos.
Por outro lado, esclareceu que dada a situação financeira não vai atribuir pelouros aos dois vereadores eleitos do Movimento para a Democracia (MpD), e vai profissionalizar a tempo inteiro os três do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV), incluindo a si.
A este propósito, Cabral avançou que a proposta vai ser submetida na primeira reunião da nova mesa da Assembleia Municipal de São Lourenço dos Órgãos, agendada para 26 de Dezembro.
Sobre o plano de actividades e o orçamento da autarquia para o ano económico de 2025, notou que não obstante a lei prever que os dois documentos sejam aprovados até 31 de Dezembro, os mesmos vão ser aprovados em Janeiro.
É que, segundo ele, a nova equipa camarária com dois dias de trabalho não tem condições para elaborar e apresentar um orçamento municipal no prazo previsto pela lei.
FM/ZS
Inforpress/Fim
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