Cidade da Praia, 20 Jan (Inforpress) – O ministro da Promoção de Investimentos e Fomento Empresarial considerou hoje que é possível tornar o sistema um pouco mais ágil, funcional e reduzir a burocracia sem comprometer critérios e exigências necessárias, especialmente no desbloqueio de financiamentos.
"Nós podemos tornar o sistema um pouco mais ágil, um pouco mais funcional e creio que todos estaremos empenhados nisso em suprimir aquilo que é desnecessário ou, pelo menos, aquilo que não faz muita falta”, disse Eurico Monteiro depois de se reunir com os responsáveis da Pró-empresa.
O governante, que inicia hoje um ciclo de visitas aos sectores do ecossistema da Promoção de Investimentos e Fomento Empresarial destacou que, embora não seja possível eliminar toda a burocracia, é possível tornar o sistema mais prático realçando a importância de manter as exigências necessárias ao mesmo tempo em que se eliminam processos desnecessários.
O objectivo, segundo o ministro, é aumentar a capacidade de resposta e melhorar a comunicabilidade entre as diversas entidades envolvidas no ecossistema empresarial.
Realçou a relevância da diplomacia económica, que tem ganhado destaque nos últimos anos, e a transição da busca por ajuda pública para a mobilização de investimentos privados estrangeiros.
“Desenvolvemos nos últimos anos aquilo que hoje é reconhecido no mundo, que é a diplomacia económica, ou seja, uma boa parte da nossa actividade lá fora é a mobilização do investimento privado estrangeiro, nós passamos um pouco da fase da ajuda pública ao desenvolvimento, que era a busca, das procuras de recursos públicos dos outros Estados, para a procura de investimento privado estrangeiro”, referiu.
Para o governante, a experiência acumulada em fóruns empresariais e na interacção com os empresários tem sido crucial para optimizar o processo e fortalecer o ambiente de negócios, contribuindo para um ecossistema mais eficiente e promissor.
Questionado sobre a crescente emigração de jovens quadros cabo-verdianos, considerou que a situação não é preocupante, mas sim um desafio que deve ser resolvido de forma gradual e progressiva.
O ministro destacou que o fenómeno da emigração jovem é uma tendência global que afecta muitos países, citando exemplos de espanhóis e portugueses que emigram para países como Grã-Bretanha, Canadá, Luxemburgo e Austrália.
Apontou ainda que há 60 anos, os cabo-verdianos emigraram para países do continente africano e hoje, muitos desses mesmos países africanos, tornaram-se emissores de imigrantes para Cabo Verde.
Para enfrentar este desafio, assegurou que o Governo tem-se concentrado em criar melhores condições internas que permitam que os cabo-verdianos possam ter a opção de trabalhar e viver no país e destacou a importância de saber aproveitar as oportunidades trazidas pela imigração dos países africanos.
Segundo o ministro, a Pró-Empresa vai além do apoio técnico, ou seja, colabora com os empresários na busca por financiamento mesmo quando o recurso financeiro provém directamente da banca, através do auxílio crucial na elaboração de propostas e na adaptação da linguagem necessária para a aprovação de projectos junto às instituições financeiras.
No seu entender, desempenha um papel fundamental não só na formalização do tecido empresarial, mas também no seu fortalecimento, buscando garantir a sua robustez e a sua sustentabilidade a longo prazo.
O ministro esteve ainda na Pró-Garante, Pró-Capital e tem agendado para esta tarde visita ao Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), Fundo de Promoção do Emprego e Formação (FPEF).
AV/HF
Inforpress/Fim
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