Cidade da Praia, 16 Set (Inforpress) – O vice-presidente do Siscap, Francisco Furtado, disse hoje que mais de 60 por cento (%) das cozinheiras afectas ao Ficase participam da greve programada entre os dias 16 e 18, com reivindicações sobre situação salarial e condições de trabalho.
O sindicalista fez essa declaração à imprensa, à margem do primeiro dia de greve das cozinheiras da Fundação Cabo-verdiana de Acção Social e Escolar (Ficase), exigindo também a implementação do Plano de Carreiras, Funções e Remunerações (PCFR) com efeito retroativo desde Janeiro de 2024.
De acordo com o vice-presidente do Sindicato da Indústria, Serviço, Comércio, Agricultura e Pesca (Siscap), a greve é resultado das negociações com o presidente da Ficase, Adilson Freire, que demonstrou "falta de disposição e impasse na abordagem das reivindicações".
“O presidente da Ficase afirmou que para atender a todas as reivindicações das cozinheiras, seria necessário aumentar o orçamento de 40 mil contos para 70 mil contos, mas não demonstrou vontade de negociar”, declarou.
Denunciou também a “situação precária” enfrentada pelas cozinheiras nos locais de trabalho, além da falta de pagamento de retroativos acumulados referentes a Janeiro até Setembro, totalizando 27 mil escudos.
“A Ficase fez investimentos em veículos de alto padrão, enquanto os trabalhadores ainda não receberam seus salários de 19 mil escudos”, criticou.
O Siscap exige que os pendentes sejam imediatamente regulados, a fim de evitar mais constrangimentos entre os trabalhadores.
"Pedimos ao Governo e ao presidente da Ficase que adoptem uma postura mais humana e demonstrem empatia em relação às cozinheiras, que são essenciais e merecem ser tratadas com dignidade e respeito", concluiu.
A Inforpress tentou contactar o presidente da Ficase, porém sem sucesso, pelo que irá retomar o assunto assim que houver um posicionamento.
JBR/HR//ZS
Inforpress/Fim
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