Enapor nega qualquer participação no apoio ao abastecimento de armas a Israel

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Enapor nega qualquer participação no apoio ao abastecimento de armas a Israel
31/05/24 - 01:57 pm

Mindelo, 31 Mai (Inforpress) – A empresa gestora do Portos de Cabo Verde (Enapor) assegurou que os navios “Vertom Odette” e “Marianne Danica” não tinham como destino Israel, por isso, não há participação no fornecimento de armas ao país asiático.

O conselho de administração da empresa pública reagia desta forma a uma publicação do jornal A Nação, edição 874, de 30 de Maio, sob o título “Cabo Verde facilita o transporte de armas para Israel”.

Em comunicado enviado à Inforpress, a mesma fonte esclareceu que o navio “Marianne Danica”, com bandeira dinamarquesa, aportou no Porto Grande, no Mindelo, no dia 13 de Maio pelas 07:00, para efeitos de abastecimento de combustível, tendo saído pelas 15:00 do mesmo dia.

No aviso de chegada e informações enviadas pela agência de navegação, o navio em referência, ajuntou, era proveniente de Chennai, na Índia, e tinha como destino Cartagena, em Espanha.

O navio ''Vertom Odette”, por seu lado, com bandeira luxemburguesa, explicou a Enapor, ancorou na baía do Porto Grande para efeitos de abastecimento de combustível no dia 28 de Maio, tendo registado a sua entrada pelas 15:00 e a saída pelas 21:10 do mesmo dia.

No aviso de chegada e informações, o navio em referência era proveniente, conforme a mesma fonte, do Porto de Luanda, em Angola, e tinha por destino também o Porto de Cartagena, em Espanha.

“Em relação a esses navios, da documentação fornecida à Enapor, não constava a informação de ser Israel o país de destino, não existindo quaisquer dados, informações ou referências oficiais nesse sentido”, sublinhou os responsáveis.

A administração ressaltou ainda que as referidas embarcações “não se encontram sob sanção, ou qualquer outra restrição, ou medida de proibição ou interdição internacional que pudesse justificar a recusa de abastecimento de combustível”.

“A Enapor-Portos de Cabo Verde tem pautado a sua gestão sob a premissa máxima de garantir a segurança das suas operações, e ciente do papel importante que desempenha como porta de entrada no País, prima pelo cabal cumprimento das normas internacionais e em estreita colaboração com todos os intervenientes do sector, particularmente a nível internacional”, argumentou.

Daí, que, conforme a mesma fonte, a relação comercial de prestação de serviço de abastecimento de combustível às empresas detentoras dos navios “de modo nenhum traduz qualquer facilitação ou apoio ao recrudescer do conflito, ao contrário do que o título da notícia pretende sugerir”, conclui.

LN/AA

Inforpress/Fim

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