Cidade da Praia, 03 Dez (Inforpress) – A Sociedade Cabo-verdiana de Autores (Soca) assinala hoje o Dia Nacional da Morna com uma noite musical às 18:00 no Miradouro da Residencial Gamboa, cidade da Praia, em homenagem ao instrumentista Noel Fortes, natural de Boa Vista.
Em entrevista à Inforpress, o presidente da SOCA, Danny Spínola, avançou que durante a actividade vão distribuir direitos autorais e artísticos a oito autores e um músico que tem suas obras registadas na sociedade.
No âmbito da distribuição de direitos, disse que a sociedade já atribuiu em Cabo Verde e na diáspora, Lisboa e Estados Unidos, a mais de 30 autores e artistas nos domínios da música e da escrita.
O evento que celebra o Dia Nacional da Morna, salientou, conta com a participação dos artistas Mauri Ribeiro, Nhof e Jaíze Anes, e homenageia o rabequista Noel Fortes, ex-associado da Soca e que realizava actividades para valorização da música tradicional de Cabo Verde.
Danny Spínola defendeu ser fundamental estimular a criação de músicas tradicionais, destacando a participação significativa dos jovens no Grande Prémio Musical Luís Rendall, lançado em 2023 pela Soca
O concurso, explicou, abrangia músicas tradicionais como morna coladeira, funaná, batuque, num país, ressaltou, “rico em diversidade musical.
“É uma forma de estimular a criação nesse domínio da morna e das músicas tradicionais, mas há outras formas que é também a rádio e a televisão dar mais importância às músicas tradicionais e de forma a galvanizar o público e estimular os jovens a quererem ouvi-las”, exemplificou, sublinhando a aposta em escolas de músicas.
“Houve uma significativa participação no concurso, com o tempo se calhar pode haver mais, deve haver muitas outras formas de despertar o interesse dos jovens, além de veicular mais músicas tradicionais nas rádios e televisão”, reforçou, defendendo ainda a aposta e utilização além-fronteira.
Noel da Silva Fortes, nascido em 1944 em Sal Rei, Boa Vista, lançou em 2005, com temas próprios e de vários autores, o CD Rabecada Cabo-verdiana que contou com a participação de Paulino Vieira e Zezé Barbosa, mas que se encontrava gravado desde 1997.
Dirigiu durante sete anos a associação de músicos locais tendo concebido o Festival de Mornas que a associação promoveu ao longo da década de 2000.
LT/AA
Inforpress/Fim
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