Cidade da Praia, 17 Abr (Inforpress) – Os preços dos alimentos de primeira necessidade no mercado mundial registaram, na semana de 14 de Abril, uma queda no trigo e no açúcar, enquanto o arroz e o milho apresentaram alta, o óleo de soja teve comportamento misto.
A informação consta do INFOSemanal nº 15/2025, divulgado pelo Secretariado Nacional para a Segurança Alimentar e Nutricional (SNSAN), face ao comportamento dos preços dos produtos alimentares de base no mercado internacional.
De acordo com o documento, os preços mundiais de exportação de trigo apresentaram uma tendência de baixa em relação à semana anterior, na Rússia, sendo que a queda foi impulsionada por preços internos mais fracos e relatos de chuvas em regiões anteriormente afectadas pela seca.
Se na União Europeia, a forte valorização do euro frente ao dólar agravou as “preocupações com a competitividade das exportações”, já na Argentina, os preços mantiveram-se estáveis.
“Foi reportado que apesar dos campos inundados em algumas zonas, a colheita de milho de 2024/25 teve um progresso constante, cerca de 22% estava concluída”, lê-se no INFOSemanal nº 15/2025.
No que respeita ao arroz, o boletim indica uma tendência de alta, sendo que, na Tailândia, os movimentos cambiais e o aumento da procura influenciaram a subida das cotações.
No Vietname, a proximidade do fim da colheita de Inverno/Primavera e o aumento do interesse de compra sustentaram a valorização dos preços.
Em relação ao óleo de soja, os preços mundiais de exportação registaram uma tendência mista. As cotações caíram 0,3 por cento (%) na Argentina, enquanto no Brasil houve um acréscimo de 0,6%.
Ainda segundo a mesma fonte, os preços do açúcar mantiveram a tendência de baixa da semana anterior.
No Brasil, a colheita de cana-de-açúcar 2024/25 na região centro-sul foi oficialmente encerrada a 31 de Março, com 621,88 milhões de toneladas processadas — uma queda de 5% face ao ciclo anterior.
Na Índia, segundo a All India Sugar Trade Association (AISTA), o país exportou 287.204 toneladas de açúcar até 08 de Abril.
Por outro lado, conforme o boletim de informações avançou, os preços de exportação do milho mantiveram a trajectória de alta, e nos Estados Unidos, a suspensão de tarifas de importação durante um período de 90 dias e a fraqueza do dólar contribuíram para a valorização.
Na Argentina, apesar das inundações em algumas áreas, a colheita de milho 2024/25 avançou com 22% de progresso. No Brasil, as cotações acompanharam a tendência dos EUA.
Ainda segundo a mesma fonte, a previsão de melhor precipitação na Índia e a consequente perspectiva de boa produção pressionaram os preços do açúcar, no mercado internacional, o milho manteve a tendência de alta, impulsionado pela suspensão temporária das tarifas de importação nos Estados Unidos e pela desvalorização do dólar, já as cotações do frete marítimo mantiveram-se estáveis face à semana anterior.
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Inforpress/Fim
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