Praia: Colónia de férias desafia crianças a fazer filmes com telemóveis sobre questões sociais

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Praia: Colónia de férias desafia crianças a fazer filmes com telemóveis sobre questões sociais
05/08/25 - 03:03 pm

Cidade da Praia, 05 Ago (Inforpress) – O presidente da Fundação Servir Cinema Cabo Verde disse hoje que a colónia de férias da organização está a desafiar as crianças a produzir filmes com telemóveis sobre temas como divergências sociais e consumo de álcool e drogas.

Em declarações à Inforpress, Júlio Silvão referiu que a segunda edição da colónia de férias, a decorrer no centro de dia de Achada Grande Trás, na cidade da Praia, combina aprendizagem prática e consciencialização social.

O objectivo é proporcionar às crianças e adolescentes uma experiência única de produção cinematográfica, permitindo-lhes escolher os temas a serem tratados.

"Já desenhamos, por vontade própria dos participantes, a produção de três filmes de cinco minutos cada, cujos temas foram escolhidos por eles próprios e que dizem respeito à realidade local. Um filme retrata a divergência entre jovens no bairro, outro sobre o consumo de drogas e um terceiro sobre o consumo de álcool”, explicou o responsável.

O presidente da Fundação Servir Cinema Cabo Verde lamentou as dificuldades financeiras que levaram à redução do número de participantes para 12 crianças, em vez das 45 inicialmente previstas.

Segundo a mesma fonte, apenas a empresa Impofrut assumiu a responsabilidade pelos lanches, enquanto a fundação cobre as despesas de almoço e o transporte dos participantes, devido à falta de apoio do Governo, da Câmara Municipal da Praia e de outros privados.

Apesar dessas limitações, Júlio Silvão garantiu que vai continuar a apostar na formação destas crianças, com aulas de produção e edição de filmes, e convidando figuras públicas para interagir com os participantes.

“Vamos receber o sociólogo e humorista Tikai, que vai falar com as crianças e adolescentes sobre a sua vivência. Também temos outras personalidades de diferentes áreas que, durante a colónia, vão partilhar as suas experiências para que possam servir de referência”, garantiu.

O presidente da fundação destacou a importância do acompanhamento pós-colónia para garantir que os jovens continuem a ser apoiados, evitando que caiam em situações de risco.

JBR/CP

Inforpress/Fim

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