PR defende inquérito rigoroso sobre recusa de entrada a cidadãos nigerianos

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PR defende inquérito rigoroso sobre recusa de entrada a cidadãos nigerianos
21/04/25 - 04:34 pm

Cidade da Praia, 21 Abr (Inforpress) – O Presidente da República defendeu hoje a realização de um inquérito rigoroso para esclarecer as circunstâncias em torno da recusa de entrada a cidadãos nigerianos em Cabo Verde, ocorrido no Aeroporto Internacional Amílcar Cabral a 13 deste mês.

“Na verdade, há disposições contraditórias entre o que dizem as autoridades policiais e o que dizem os afectados, então é preciso, nesses momentos, sobretudo porque não é a primeira vez, já houve outras denúncias, fazer-se um inquérito rigoroso sobre esta matéria para identificarmos todos os contornos e, se for necessário, tomar medidas cabíveis para se pôr cobro a esta situação”, disse.

José Maria Neves, que visitou esta manhã a histórica hidrobase da Aéropostale, em Calheta de São Martinho, município da Ribeira Grande de Santiago, foi abordado pelos jornalistas a comentar sobre a recusa de entrada de cidadãos nigerianos em Cabo Verde.

Neves sublinhou que não é a primeira vez que surgem denúncias deste género, o que reforça a importância de uma investigação cuidadosa que permita tirar conclusões e, se for necessário, aplicar as medidas cabíveis.

O Chefe de Estado destacou ainda que, sendo Cabo Verde um país que ambiciona afirmar-se como plataforma internacional de prestação de serviços e integrar-se de forma competitiva no espaço da CEDEAO, é essencial garantir que os serviços de fronteira estejam capacitados para responder com eficácia às exigências dos visitantes.

Na quinta-feira, 17, a Polícia Nacional (PN) esclareceu através de um comunicado, que a recusa de entrada a cidadãos nigerianos em Cabo Verde deveu-se à falta de documentação que comprove, nomeadamente, a garantia de meios de subsistência e finalidade da viagem.

Explicou que por volta das 14:00 do dia 13 deste mês, a Unidade de Fronteira Aérea sediada no Aeroporto Internacional Amílcar Cabral, na ilha do Sal, procedeu à recusa de entrada em território nacional de dois grupos de cidadãos nigerianos.

Relativamente às acusações de racismo, a DEF sublinhou que actua no estrito cumprimento da lei, não estando em causa a nacionalidade das pessoas, mas as condições com que se apresentam perante a fronteira.

AV/ZS

Inforpress/Fim

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