PR da Nigéria remodela Governo no meio de crise gerada pelo elevado custo de vida

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PR da Nigéria remodela Governo no meio de crise gerada pelo elevado custo de vida
24/10/24 - 07:26 am

Abuja, 24 Out (Inforpress) - O Presidente da Nigéria, Bola Tinubu, demitiu cinco ministros e nomeou sete novos, numa importante remodelação do seu gabinete com o objetivo de tornar a sua administração mais eficiente, anunciou hoje o seu gabinete.

A mudança surge num momento em que se agravam as dificuldades económicas e a frustração com a administração do país mais populoso de África.

Tinubu nomeou novos ministros para a ajuda humanitária e a redução da pobreza, o comércio e o investimento, o trabalho e o desenvolvimento da pecuária, bem como ministros-adjuntos para os Negócios Estrangeiros, a Educação e a Habitação, segundo o comunicado.

Foram demitidos os ministros da Educação, do Turismo, da Condição Feminina e do Desenvolvimento da Juventude e o ministro-adjunto da Habitação.

Tinubu tomou posse no ano passado e introduziu reformas destinadas a reduzir as despesas públicas e a apoiar a diminuição dos investimentos estrangeiros.

Mas, mais de um ano depois, a taxa de inflação da Nigéria atingiu um máximo de 28 anos e a moeda, a naira, está em mínimos históricos em relação ao dólar.

A frustração com o elevado custo de vida originou vários protestos em massa nos últimos meses. Em agosto, pelo menos 20 pessoas foram mortas a tiro e centenas de outras foram detidas num protesto que exigia melhores oportunidades e empregos para os jovens.

Apesar de ser um dos principais produtores de petróleo bruto em África, a Nigéria continua a ser um dos países mais pobres do mundo. A corrupção crónica gera contrastes entre o estilo de vida dos funcionários públicos e o da população em geral, enquanto os profissionais de saúde fazem frequentemente greves para protestar contra os seus magros salários.

No ano passado, Tinubu aprovou despesas de milhões de dólares para o seu iate presidencial e veículos utilitários desportivos para a sua mulher e altos funcionários do Governo.

Inforpress/Lusa

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