Lisboa, 23 Fev (Inforpress) – Mais de 60 organizações em oito cidades de Portugal manifestam-se este sábado, 24, apelando ao voto contra o discurso de ódio, a xenofobia e racismo, e vai contar com presenças de personalidades cabo-verdianas.
Os cabo-verdianos João do Rosário (jornalista) e Ivan Almeida (basquetebolista) e outras figuras conhecidas da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), como Mamadou Ba e José Eduardo Agualusa estão a apelar à participação nas manifestações que vão ocorrer em Lisboa, Porto, Faro, Coimbra, Guimarães, Braga, Alentejo e Viseu.
“Mais de 60 organizações, movimentos e associações envolvidas de norte a sul de Portugal que apelam ao voto contra as forças que trouxeram para o espaço público o discurso de ódio, a xenofobia e o racismo e querem resgatar o discurso indecente do fascismo. Antes do começo da campanha eleitoral, saímos à rua para apelar aos democratas que votem pela manutenção de um Estado que respeita os direitos de todos”, sustentou a organização.
“Vota contra o racismo” é o mote do Grupo de Acção Conjunta Contra o Racismo, que organiza a manifestação, para pedir a participação na manifestação que quer dizer “não” aos avanços de uma extrema-direita perigosa que pode sair nas eleições legislativas de 10 de Março.
Organizações cabo-verdianas e dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) também participam na manifestação, como a Associação Cavaleiros de São Brás, O Lado Negro da Força, SaMaNe – Associação Saúde das Mães Negras e Racializadas em Portugal, Kilombo – Plataforma de Intervenção Anti-Racista, entre outras.
O Grupo de Acção Conjunta Contra o Racismo é um conjunto de 61 colectivos contra o racismo, a xenofobia e o fascismo, determinados a lutar por um Portugal, uma Europa e um mundo mais inclusivos e inter-culturais, contra todas as opressões e formas de discriminação.
As eleições legislativas antecipadas em Portugal acontecem a 10 de Março depois de o Presidente da República português, Marcelo Rebelo de Sousa, ter dissolvido o parlamento na sequência da crise política motivada pelas suspeitas de corrupção no seio do governo português e pedido de demissão, aceite, do primeiro-ministro, António Costa.
DR/HF
Inforpress/Fim
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