Portugal: Henrique Levy homenageia mulheres cabo-verdianas em romance premiado “Os Pássaros de Dódóia”

Inicio | Cultura
Portugal: Henrique Levy homenageia mulheres cabo-verdianas em romance premiado “Os Pássaros de Dódóia”
22/11/25 - 05:45 pm

Lisboa, 22 Nov (Inforpress) – O escritor luso-cabo-verdiano Henrique Levy apresentou hoje, em Lisboa (Portugal), o seu novo romance “Os Pássaros de Dódóia”, vencedor do Prémio Literário Carlos de Oliveira 2025, uma obra que presta homenagem às mulheres cabo-verdianas e africanas.

A sessão de lançamento teve lugar na sede da Associação Cabo-verdiana de Lisboa (ACL) e contou com intervenções de Teresa Oliveira e Alexandre Faria, que partilharam leituras e reflexões sobre a obra, num encontro aberto à comunidade.

Distinguido pelo júri do Prémio Carlos de Oliveira, “Os Pássaros de Dódóia” foi reconhecido pela sua reconstituição magistral do universo social e metafísico africano, pela densidade narrativa e pelo rigor estilístico.

A obra foi descrita como uma leitura fluida e envolvente, com uma linguagem rica e precisa, capaz de construir um mundo onde as personagens “parecem existir”.

Em declarações à Inforpress, Henrique Levy explicou que o livro aborda a história de Dódóia, diminutivo de Maria das Dores, uma mulher “cabo-verdiana e africana e cabo-verdiana”, que teve uma trajectória marcada por dificuldades, e cuja sagacidade lhe permitiu transformar o destino e conquistar um lugar de destaque na sua comunidade.

“O livro é uma história de uma mulher cabo-verdiana, a partir da qual, presto homenagem a todas as mulheres cabo-verdianas, tanto das épocas colonial como pós-colonial. A história toda é uma homenagem à mulher cabo-verdiana, ao povo de Cabo Verde, à sua cultura ancestral e àquilo que o povo guarda da sua cultura cabo-verdiana”, afirmou.

Segundo o escritor, o título do livro representa o voo simbólico da personagem central e de Cabo Verde, rumo à liberdade.

Henrique Levy, vencedor do Prémio Natália Correia 2022 com o romance “Vinte e Sete Cartas de Artemísia”, é também coordenador da N9na Poesia, onde tem desempenhado um papel crítico na visibilidade e curadoria da poesia açoriana, cuidando da sua qualidade literária e estética.

Entre os seus romances destacam-se “Bento de Goes – uma longa caminhada na Ásia Central” (2023), “Memórias de Madre Aliviada da Cruz” (2021), “Segredo da Visita Régia aos Açores” (2020) e “Maria Bettencourt: diários de uma mulher singular” (2019).

FM/HF

Inforpress/Fim

Partilhar