Porto Novo, 21 Out (Inforpress) – A Associação para o Desenvolvimento Integrado da Ribeira das Patas, Porto Novo, Santo Antão, pretende trabalhar com os agricultores locais no combate a perdas de produtos nesse vale, informou hoje o representante desta associação, Arlindo Delgado.
Ribeira das Patas é um vale muito conhecido pela produção de mangas e citrinos (laranja e limão) e esta associação, avançou a mesma fonte, tem constatado que praticamente todos os anos tem havido "muitas perdas" desses produtos por dificuldades de mercado.
A Associação para o Desenvolvimento Integrado da Ribeira das Patas está à procura de parceiros para a instalação de uma unidade de conservação dos produtos, evitando assim "perdas significativas" de produtos, designadamente em relação à manga, adiantou Arlindo Delgado.
Este ano, graças à campanha “Vitaminas de nós terra”, que está a ser realizada pela Rede de Segurança Alimentar e Nutricional do Porto Novo, a produção de laranja na Ribeira das Patas poderá ser consumida, mas tem havido, geralmente, muitas perdas deste citrino muito produzido nessa zona, conforme alguns agricultores.
Arlindo Delgado explicou que a associação que dirige quer, por isso, trabalhar com os produtores com vista a evitar as perdas por causa do problema de mercado, através da conservação, e mesmo através da transformação desses produtos.
Alguns produtores agrícolas na Ribeira das Patas, em conversa com a Inforpress, têm estado a defender a necessidade de o Ministério da Agricultura e Ambiente instalar nesse vale, que é um dos maiores do país, um entreposto agrícola, à semelhança de outras zonas no município do Porto Novo.
Ribeira da Cruz e Tarrafal de Monte Trigo são os vales que já dispõem de entrepostos agrícolas, espaços que permitem tratar, conservar e comercializar os excedentes, sendo que Alto Mira será a próxima zona a ser contemplada, conforme garantias do delegado deste ministério, Joel Barros.
Os excedentes agrícolas de Santo Antão estão sujeitos a um embargo, que dura há 40 anos por causa da praga dos mil pés, podendo, porém, ser exportados para as ilhas turísticas do Sal e Boa Vista, desde que sejam tratados no centro expurgo do Porto Novo.
JM/AA
Inforpress/Fim
Partilhar