Porto Novo, 03 Nov (Inforpress) – Os agricultores na Ribeira das Patas apontaram hoje a necessidade de o Ministério da Agricultura e Ambiente instalar um entreposto agrícola nesse vale, um dos maiores vales agrícolas do concelho do Porto Novo, em Santo Antão.
Alguns agricultores, abordados pela Inforpress, defenderam a necessidade de este ministério apostar também na instalação de um entreposto agrícola na Ribeira das Patas para apoiar os produtores a nível de colheita, tratamento, embalagem e comercialização dos excedentes.
Esta preocupação é partilhada pela Associação para o Desenvolvimento Integrado da Ribeira das Patas, que tem reclamado para essa localidade a criação de infra-estruturas de apoio aos agricultores.
Em declarações à Inforpress, o representante desta associação, Arlindo Delgado, disse pretender trabalhar com os agricultores locais no combate a perdas de produtos, de entre os quais a manga e citrinos.
Este responsável disse ter constatado que, praticamente, todos os anos, tem havido muitas perdas desses produtos por dificuldades de mercado, havendo a necessidade de se apostar no combate a perdas dos excedentes.
Avançou, por isso, que a Associação para o Desenvolvimento Integrado da Ribeira das Patas está à procura de parceiros para a instalação de uma unidade de conservação dos produtos, evitando assim perdas, designadamente em relação a mangas e laranjas.
Este ano, graças a uma campanha realizada pela Rede Segurança Alimentar e Nutricional do Porto Novo, a produção de laranja na Ribeira das Patas poderá ser consumida, mas tem havido muitas perdas deste citrino, muito produzido nessa zona, conforme alguns agricultores.
Alguns produtores dizem acreditar que a instalação de um entreposto agrícola, à semelhança do aconteceu na Ribeira da Cruz e Tarrafal de Monte Trigo, ajudaria a resolver a questão de perdas.
Ribeira da Cruz e Tarrafal de Monte Trigo são os vales que já dispõem de entrepostos agrícolas, que permitem tratar, conservar e comercializar os excedentes, sendo que Alto Mira será a próxima zona a ser contemplada, conforme o delegado deste ministério, Joel Barros.
Os produtos agrícolas de Santo Antão estão sujeitos a um embargo, que dura há 40 anos, por causa da praga dos mil pés, podendo, porém, ser exportados para as ilhas turísticas do Sal e Boa Vista, desde que sejam tratados no centro expurgo do Porto Novo.
JM/AA
Inforpress/Fim
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