PM garante devida verificação caso houver provas contrárias na recusa de entrada a cidadãos nigerianos

Cidade da Praia, 21 Abr (Inforpress) – O primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, afiançou hoje que se houver provas contrárias às normas e aos mecanismos legais que são aplicados em Cabo Verde, far-se-á a devida verificação sobre o processo de recusa de entrada a cidadãos nigerianos.

Ulisses Correia e Silva fez estas declarações durante a conferência de imprensa, para reagir à morte do Papa Francisco ocorrida esta manhã, quando questionado sobre o incidente envolvendo cinco nigerianos impedidos de entrar em Cabo Verde no dia 13 de Abril de 2025, por não cumprirem os requisitos legais de entrada.

"Primeiro não se trata de deportação, se trata de recambiar no fundo as pessoas que, segundo a polícia, não prestavam os requisitos para entrar no país, mas a Polícia Nacional já deu as devidas explicações, o Governo está a acompanhar, eu não vou entrar em detalhes porque há várias situações que às vezes levam ao impedimento da entrada no país e estão de acordo com as regras e com as leis do país", afirmou.

Neste sentido, garantiu, que havendo provas contrárias de que situações possam ter induzido a práticas não conformes com aquilo que são as normas, far-se-á a devida verificação.

"Mas eu não quero entrar em pormenores. A Polícia de Fronteira tem um conjunto de mecanismos de actuação e esperamos que aquilo que é a normalidade não seja depois trazido como situações pontuais", frisou.

Ulisses Correia e Silva lembrou ainda que diariamente entram milhares de pessoas no país inclusive pessoas do espaço da CEDEAO, com destaque para nigerianos.

"A nível global, o nível de rejeição tem sido em volta de 0,04%. E não estamos a falar só de pessoas que vêm da África Ocidental, mas de vários outros países, o que significa que, portanto, tem que se fazer uma apreciação também com os dados", concluiu. 

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